Em 1987, eu trabalhei muito próximo ao Rio Pinheiros na Capital Paulista, ouvindo histórias vividas por um dos fornecedores da planta industrial onde trabalhava, no que se referia a brincadeiras de criança e disputas de natação às margens do rio.
Ouvi também neste mesma época rumores sobre o projeto de sua revitalização, informação esta que ouviria novamente em 2005, há pouco menos de 20 anos atrás, de um dos engenheiros idealizadores do projeto de revitalização, durante uma conversa informal.
Estamos agora em 2022 e acabo de ler no Jornal do Engenheiro uma bela matéria escrita por Soraya Misleh, a respeito do projeto de revitalização que envolverá o tratamento dos córregos que desaguam no rio.
Torço realmente para que este “novo” programa de revitalização seja levado a sério e sem os “tradicionais” desvios que são frequentes entre os nossos políticos…
Segue abaixo um pequeno trecho da matéria e o link de acesso, para aqueles que desejarem conhecer um pouco mais sobre o programa.
Engenharia a serviço da revitalização do Rio Pinheiros
Fonte: Jornal do Engenheiro
Por: Soraya Misleh

A triste realidade de conviver com um esgoto a céu aberto na Capital será coisa do passado, caso o projeto de revitalização do Rio Pinheiros seja bem-sucedido. Não significa que será possível nadar, pescar e realizar navegação recreativa em suas águas, como ocorria há cerca de um século, atividades que permanecerão apenas na memória, mas os paulistanos poderão aproveitar o seu entorno para lazer sem se preocupar com mau odor e desfrutando da paisagem mais aprazível.
“Não vai ter pessoas tomando banho no rio”, atesta Itamar Rodrigues, diretor de geração da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), detentora do canal. Segundo ele, contudo, a melhora das condições de vida já é “bastante perceptível”. “Hoje já não tem mais cheiro”, assegura.
O odor fétido tristemente se tornou parte da realidade no entorno ao longo da expansão urbana por décadas. Como revela vídeo produzido em 2014 pela Associação Águas Claras do Rio Pinheiros, a canalização e a retificação do Rio Pinheiros foram iniciadas pela Light, que detinha a concessão para geração de energia elétrica em São Paulo, na segunda metade dos anos 1930. Um acordo entre essa empresa e a Cia. City permitiu loteamentos dentro dos antigos braços do rio, que então passou a ser o desaguadouro do esgoto resultante e já em fins da década de 1970 encontrava-se muito poluído.
Assista aqui o documentário “Rio Pinheiros, o renascimento de um rio”.
Reverter esse quadro é o objetivo do “Programa Novo Rio Pinheiros”, impulsionado a partir de 2019 e previsto para ser concluído ao final deste ano, que tem como braço fundamental engenharia e tecnologia. Como explica Rodrigues, as obras contemplam os seguintes eixos: coleta e tratamento de esgoto, monitoramento da qualidade da água, respectivamente a cargo das companhias estaduais de saneamento básico (Sabesp) e ambiental (Cetesb); desassoreamento e proteção de taludes, sob atribuição do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee); remoção do lixo do espelho d´água e taludes pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado (Sima); e do resíduo superficial e acumulado, licitação para construção de parques lineares e ciclovias nas margens, bem como busca de parcerias e tecnologias para acelerar a despoluição pela Emae.
O projeto se insere no Plano Plurianual 2020-2030 do Governo do Estado, que o apresenta como alinhado aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), tendo como “guia de percurso” o relativo a água e saneamento.
Continue a leitura diretamente na fonte da matéria através deste link, e conheça o programa “Novo Rio Pinheiros”.