Como dimensionar de forma adequada os recursos e a mão de obra dentro de um contrato de manutenção?

Por Alexandre M F Lara

Foto gerada por IA (ChatGPT)

Já abordamos neste mesmo Blog alguns temas relacionados a estruturação de nossas áreas de operação e manutenção, dentro dos quais já alertamos quanto ao risco em se adotar, de forma simples, planos de trabalho e estratégias de manutenção NÃO CUSTOMIZADAS para a sua real necessidade do projeto.

Novamente, esta observação ou preocupação se faz necessária, pois sempre deveremos lembrar de condições importantes ao se planejar a manutenção em uma edificação e suas instalações:

  • Foco da manutenção: A função do ativo
  • Objetivo da manutenção: Preservar a função
  • Atuação da manutenção: Sobre o sistema
  • Atividade a ser desenvolvida pela manutenção: O que deverá ser feito para preservar a função do ativo

Uma vez tendo customizado o nosso plano de trabalho, deve-se partir para o dimensionamento dos recursos humanos e demais serviços necessários a concretização ou efetivação deste planejamento elaborado.

Dentro do universo de serviços sob a responsabilidade de um “Facility Manager”, pode-se dizer que existem diferentes formas para se definir equipes de trabalho, sendo estas:

  1. Através do dimensionamento matemático de recursos
  2. A partir de uma referência de mercado
  3. Por analogia entre operações semelhantes

Embora estas opções sejam bastante utilizadas para atividades como segurança e limpeza, deve-se tomar alguns cuidados quando o tema envolver a área de operação e manutenção, haja vista as especificidades e eventuais criticidades em um determinado contrato ou edificação.

Vamos aqui abordar um pouco sobre os pontos positivos e de preocupação para cada uma das opções acima:

Por analogia entre operações semelhantes

Trata-se de uma “técnica” bastante utilizada entre empresas que prestam serviços na área de manutenção predial, principalmente devido a falta de informações ou volumetrias históricas dentro de editais de concorrência.

Neste caso, adota-se como parâmetro de cotação e oferta do serviço a base de uma equipe já utilizada em um contrato existente e com características “similares”.

Notem, no entanto, que uma edificação comercial com aproximadamente 25.000 metros quadrados de área poderá abrigar sistemas, funções e níveis de criticidade bastante divergentes de outra edificação similar em termos de área. O uso indiscriminado desta “técnica” poderá incorrer em riscos como:

  • Subdimensionamento de recursos para determinadas modalidades de manutenção
  • Backlog crescente
  • O não cumprimento das estratégias adotadas e falha ao se preservar a função do ativo
  • O não atendimento às expectativas do cliente e contratante

A partir de uma referência de mercado

“Técnica” bastante utilizada em regiões ou países nos quais tais dados estejam disponíveis ao mercado (produtividade de profissionais de limpeza para diferentes condições, etc), ela permitirá com que se estime a equipe de trabalho para ambientes e condições similares as condições contidas no modelo de referência.

Entretanto, deve-se tomar cuidado neste comparativo entre as bases (real e referência), uma vez que:

  • As condições e ambientes de trabalho devem ser as mesmas, ou seja, com um baixo ou mensurável desvio conhecido
  • Deve-se conhecer e diferenciar a criticidade e as especificidades entre as diferentes operações
  • Se torna necessário também comparar a PRODUTIVIDADE do profissional entre as regiões utilizadas como objeto de comparação ou referência

Vejam que abordamos acima (produtividade do profissional) uma condição normalmente desprezada em situações que envolvam a utilização de modelos de referência, ainda que se trate de um fator de extrema importância e que poderá resultar em riscos para a sua operação, tais como os acima já relacionados.

Através do dimensionamento matemático de recursos

O dimensionamento matemático de recursos humanos para desempenhar uma atividade de manutenção baseia-se no cálculo de horas homem necessárias para a execução de serviços previstos no planejamento, sendo então possível selecionar a quantidade de profissionais para a realização deste mesmo trabalho.

No entanto, algumas bases devem ser previamente informadas pelo planejador da manutenção, a fim de que se obtenha sucesso neste dimensionamento:

  1. O plano de trabalho deve ser estruturado de forma a atender plenamente as necessidades do cliente ou contratante
  2. O planejador deverá assegurar com que todas as atividades previstas no plano de manutenção tenham os seus tempos de execução (“wrench time”) atribuídos
  3. Os tempos de execução deverão ser mensurados ou fruto de um resultado histórico disponibilizado pelo sistema informatizado de manutenção (CMMS – registro obrigatório do início e término da atividade realizada pelo técnico)
  4. Deve-se considerar a ponderação quanto a PRODUTIVIDADE das equipes de manutenção para a execução das tarefas, pois este fator poderá ser preponderante para o resultado obtido.

De forma análoga, podem ser aqui apontados os mesmos riscos de não cumprimento dos planos de trabalho e estratégias previamente estabelecidas, caso não sejam observados ou tomados os cuidados acima.

Em termos de “técnica” a ser escolhida, reforça-se que o dimensionamento matemático de recursos resultará em um maior nível de confiabilidade, sem bem executado, além de possibilitar de forma estruturada quaisquer ajustes durante o período do contrato.

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Como compreender e agir quando a qualidade do ar interno não for satisfatória?

Durante alguns procedimentos de auditoria sobre a atividade de manutenção e sua gestão, não é incomum deparar-se com não conformidades apontadas em laudos de qualidade do ar interno contratados, assim como no que se refere a falta de ação por parte do gestor local.

Desde que inserida a partir de 1998 no contexto de monitoramento da qualidade do ar interno em ambientes climatizados, a análise da qualidade do ar interno tornou-se um importante marcador para os gestores da manutenção, no que se refere a avaliar qualitativamente os cuidados adotados para a preservação da saúde aos ocupantes de uma edificação ou de um ambiente de trabalho.

Notem que a indicação de uma não conformidade demandará por uma análise não só de seus processos e procedimentos adotados (para a manutenção em seus sistemas de climatização), como também demandará pela compreensão destes resultados e a análise sistêmica envolvendo o próprio ambiente e sua constituição, os processos internos que possam envolver tais contaminantes e o estado de instalações.

Em uma recente divulgação ao mercado, a CONFORLAB compartilhou uma cartilha para auxiliar os gestores da operação e manutenção na compreensão destas não conformidades comumente apontadas em laudos de análise, sendo recomendável a leitura do artigo por parte dos profissionais envolvidos em decisões relacionadas.

Segue aqui o LINK para que possam acessar este artigo e cartilha divulgada, diretamente no site da CONFORLAB.

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10º Workshop de Comissionamento de Edificações (29/05/2025)

Se aproxima a data do 10º Workshop de Comissionamento de Edificações – ABRAVA, sendo que as inscrições ainda podem ser efetivadas através do site da ABRAVA.

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10º Workshop sobre Comissionamento de Edificações

A ABRAVA realizará neste mês de maio, mais especificamente no dia 29/05 o 10º Workshop sobre comissionamento de edificações e seus sistemas, com a participação de profissionais do setor, recebendo também o K. William Dean da ASHRAE.

O evento ocorrerá no auditório da FIESP em São Paulo (Avenida Paulista) e suas inscrições já podem ser realizadas através do site da ABRAVA.

Clique AQUI para ser direcionado ao site da ABRAVA ou cole o endereço abaixo em seu navegador para que possa realizar a sua inscrição.

https://abrava.com.br/compromissos/10o-workshop-de-comissionamento-dnce/

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Como devo conduzir uma análise sobre um sistema de manutenção existente, para que possa melhorar os seus resultados?

Por Alexandre M. F. Lara

Ainda que uma nova edificação ou instalação nos traga algumas dificuldades para a implantação de sua manutenção e operação, seja em função da inexistência de volumetria histórica, seja em função de questões envolvendo as próprias instalações, a análise para a melhoria em um sistema existente também nos trará surpresas e dificuldades…

Fonte: Freepik

Por esta razão, a estruturação de um processo de DD (Due Diligence Técnica) ou de um TA (Technical Assessment) deverá ser cuidadosamente detalhada, exigindo do profissional auditor o conhecimento sobre importantes conceitos em O&M, além de sua capacitação e habilitação técnica.

Primeiramente, deve-se considerar o “ajuste no foco” do trabalho em campo tomando-se como referência alguns importantes conceitos, como por exemplo:

  • Foco da manutenção: Função do ativo de manutenção
  • Objetivo da manutenção: Preservar a função do ativo
  • Atuação da manutenção: Sobre o sistema

Está “calibração em seus objetivos” exigirá com que o esforço de um departamento de manutenção esteja concentrado em identificar e manter ou preservar a função de um ativo de manutenção dentro do que se considera como sistema.

Como exemplo, ao se olhar para a manutenção em um chiller ou resfriador de líquido (sistema central de água gelada em AVAC-R), deve-se compreender que o adequado desempenho de sua função dependerá também da performance do circuito hidrônico de água gelada ao qual está vinculado (conjuntos moto-bomba, redes hidráulicas, sistemas de controles, etc…), assim como eventualmente de seu circuito hidrônico de condensação, quando aplicável.

Isto significa que o estabelecimento de foco apenas sobre o chiller como ativo, sem considerar a sua interação ou correlação com os demais componentes do mesmo sistema, poderá resultar no descumprimento parcial ou integral da função e performance para o qual foi projetado e instalado.

Está visão “atual” da manutenção requererá a experiência do profissional que revisará o sistema de manutenção existente, a fim de que possa:

  • Definir os pontos chaves no processo ou estudo a ser conduzido
  • Estruturar o trabalho de campo e análise a ser realizada
  • Conduzir de forma assertiva a anamnese com os responsáveis locais de operação e manutenção
  • Identificar as potenciais melhorias que envolvam a definição dos sistemas, das funções a serem cumpridas, das melhores estratégias de manutenção aplicáveis no contexto e cuidados a serem tomados no planejamento e controle da manutenção local

Assim, pode-se concluir que a simples análise sobre o estado de conservação ou manutenção de equipamentos, somada a simples análise quanto ao cumprimento (ou não) de atividades programadas de manutenção traduzir-se-á tão somente na avaliação parcial sobre a capacidade de se cumprir (adequadamente ou não) os planos de trabalho previamente estabelecidos.

Portanto, a insistência em não se ajustar o foco do trabalho poderá impedir ou mascarar a conclusão sobre a assertividade de modelos ou sistemas de manutenção implantados.

Para que se atinja o objetivo esperado, deve-se considerar:

  • A análise prévia da infraestrutura a ser avaliada
  • A análise prévia dos planos de trabalho e estratégias implantadas
  • A anamnese com os responsáveis locais de operação e manutenção
  • A definição do foco para a atividade de DD ou TA a ser conduzida
  • A estruturação da atividade de campo
  • A forma como serão apresentados os resultados ao cliente

Por fim, torna-se importante reforçar que o ajuste em sistemas existentes de manutenção proporcionará não somente ganhos financeiros ou potenciais reduções, geralmente aspiradas por gestores, mas também, ganhos as vezes expressivos no desempenho de equipamentos ou sistemas, além do aumento em índices de confiabilidade e na longevidade de instalações e seus ativos.

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O Brasil e as oportunidades na implantação de data centers que atuem com aplicações de IA

Por Alexandre M F Lara – Comentários sobre artigos publicados(abaixo)

Apesar de ainda dividir opiniões, seja pela desconfiança na aplicação, seja pela ainda baixa visibilidade quanto aos impactos do IA no mercado de trabalho, o mundo vem cada vez mais se preparando para expandir a aplicação da Inteligência Artificial, já esbarrando na dificuldade de mão de obra neste segmento.

Imagem com direito adquirido pela A&F Partners Consulting para exposição

Outra grande preocupação de alguns países reside na energia requisitada para estes data centers de IA, haja vista que, segundo o SANTANDER (artigo da Teletime “Brasil é atrativo para data centers em meio ao boom da IA, indica Santander“), uma consulta ao ChatGPT consome em média 10 vezes mais energia do que uma pesquisa no Google. Neste quesito, alguns países já encontram resultados expresivos para a demanda em energia para a demanda em data centers, como por exemplo a previsão de 6% desenhada para 2026 nos EUA, 4% previstos para a União Europeia e 17% para a Irlanda.

A perspectiva de implantação de novos data centers é crescente desde 2024, sendo que a previsão é de que tenhamos entre 2025 e 2026 mais data centers construídos pela ODATA (em implantação no município de Osasco / SP), pela Microsoft (em construção na cidade de Hortolândia / SP), pela RT-One (em construção no município de Maringá / PR), além de outros ainda em estudo (vide as reportagens e artigos da Exame – “Cidade no Paraná terá o primeiro data center dedicado a inteligência artificial“, do Olhar Digital “Brasil ganha um novo data center cuja operação começará em abril” e Microsoft “Atualização da construção do data center do sudeste de São Paulo“).

Todo este movimento em curso, somando-se ainda as oportunidades futuras, abrirá espaços interessantes para segmentos ligados a projetos, construção e instalações, comissionamento e operação & manutenção. Imagina-se a utilização de recursos importantes como a aplicação de BIM para a construção destes sites, de realidade avançada e gêmeos digitais para a capacitação e apoio na operação destes sites, assim como na estruturação de estratégias de manutenção e equipes de O&M voltadas a Missão Crítica.

No que se refere a estruturação da manutenção, devem ser aqui observados os conceitos e premissas para uma adequada e bem estruturada gestão de ativos, o que requererá mão de obra especializada e apoio para o planejamento.

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Tenho de implantar a manutenção em uma infraestrutura recém instalada / construída – por onde começar?

Por Alexandre M. F. Lara

Primeiramente, a implantação de um sistema de manutenção deverá se pautar em temas ou condições de extrema relevância em busca do sucesso em seu departamento ou empresa, sendo estes:

Vejam que a compreensão sobre os sistemas e instalações embarcadas no empreendimento será de fundamental importância para o desenho da operação e também de sua manutenção, ou melhor, para a escolha da melhor estratégia a ser utilizada.

Com a mesma importância, compreender as características e demandas operacionais do ocupante da edificação lhe possibilitará identificar, entre a infraestrutura provida na instalação, quais são os pontos ou sistemas de grande relevância ou impacto operacional, caso venham a falhar.

Neste contexto, tanto a análise crítica de projetos, databooks, memoriais descritivos e de operação e manutenção, quando a realização de uma anamnese com os steakholders do processo ou projeto serão necessárias para que se direcione o desenvolvimento dos trabalhos, incluindo:

  • Para a estruturação de seu processo de PCM:
    • Levantamento dos ativos e suas informações relevantes ao cadastramento;
    • Compreensão dos sistemas, sua função e performance esperadas (pelo projeto) e confirmadas (através da documentação de comissionamento entregue);
    • Identificação de eventuais “gargalos” ou potenciais riscos para a operação, envolvendo:
      • Anomalias de instalação;
      • Quastões envolvendo o contingenciamento previsto e implantado;
      • A manutenibilidade ou acesso adequado / seguro para a manutenção de sistemas e equipamentos;
    • O agrupamento necessário de sistemas (ativos, principais componentes) para uma adequada atuação da área de manutenção;
    • Definição de função e parâmetros requeridos para o acompanhamento dentro dos resultados;
    • Levantamento dos requisitos de manutenção ou planos de trabalho recomendados para estes sistemas e ativos;
  • Para a elaboração de documentação específica de operação:
    • Identificação dos sistemas e seus requisitos / sequências operacionais e parâmetros, a partir da documentação entregue pela instaladora;
    • Identificação da eventual necessidade de treinamentos específicos com fabricantes;
    • A elaboração de Planos de Operação ou dos conhecidos POPs;
    • Análise quanto a possibilidade de adicionar a tecnologia de realidade avançada na estruturação de tais procedimentos;
    • Estruturar o treinamento das equipes, assim como a política de multiplicadores para a reciclagem periódica.

Estas análises acima fornecerão uma base segura para uma adequada estruturação de sua área de manutenção em um novo empreendimento ou instalação.

No entanto, há de se observar a importância do volume de horas técnicas para o correto dimensionamento dos recursos humanos, e até mesmo de serviços especializados, para a composição de suas equipes de trabalho.

No que diz respeito as tarefas e planos de trabalho para a manutenção preventiva, preditiva ou proativa de sistemas e ativos, o planejador poderá se utilizar de sua experiência para a atribuição de horas técnicas por profissionais da manutenção, baseando-se nos planos de trabalho (atividades e frequências) previamente desenhadas.

Para a manutenção corretiva, pode-se adotar um volume estimado com base em taxas de falhas para ativos e sistemas similares, para que seja futuramente ajustada a partir do da volumetria histórica gerada. Esta estimativa deverá considerar a experiência do time de planejamento e auxiliará na ocorrência de um menor desvio possível sobre a volumetria de atividades preventivas.

Entretanto, um importante ponto a ser também analisado diz respeito a característica da operação quanto ao atendimento de usuários para solicitações diversas, no dia a dia. Neste caso, será importante extrair do usuário da edificação a sua volumetria histórica, a fim de que seja ponderada sobre a nova infraestrutura, e incluida no processo de dimensionamento.

Notem que a experiência dos profissionais envolvidos será uma “peça-chave” neste processo, ainda que seguindo o roteiro e cuidados acima.

Trataremos em nossos próximos posts alguns subtemas que detalharão o trabalho de planejamento e controle da manutenção.

Uma ótima leitura!

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Planejamento do blog para 2025

Embora já estejamos em março de 2025, o envolvimento em projetos da empresa atrasaram neste ano o planejamento de temas que abordaremos nos próximos meses, sendo este um assunto que gostaria de compartilhar com os leitores frequentes e visitantes.

Ainda durante 2024, publicamos aqui alguns pequenos artigos relacionados a tarefa do planejamento e controle da manutenção, tais como:

Durante este ano e o início de 2026 entraremos um pouco mais dentro de alguns destes temas, com o objetivo de ajudar os profissionais de manutenção em suas tarefas de planejamento e controle, incluindo assuntos como:

  • MARÇO / 2025: Tenho de implantar a manutenção em uma infraestrutura recém instalada / construída – por onde começar?
  • ABRIL / 2025: Como devo conduzir uma análise sobre um sistema de manutenção existente, para que possa melhorar os seus resultados?
  • MAIO / 2025: Como dimensionar de forma adequada os recursos ou mão de obra de manutenção para um determinado projeto?
  • JUNHO / 2025: Planejamento da manutenção – Como definir as funções e sistemas a serem considerados no PCM? Por onde começar?
  • JULHO / 2025: Como classificar a criticidade funcional dos ativos de manutenção e com que ajuda devo contar?
  • AGOSTO / 2025: CMMS – Como definir o que devo cadastrar para o ativo dentro de meu sistema informatizado de gestão?
  • SETEMBRO / 2025: Como definir os melhores indicadores de performance para a minha operação e como devo estruturá-los dentro do CMMS?
  • OUTUBRO / 2025: Importantes passos para a seleção da melhor ferramenta informatizada de gestão para o meu negócio
  • NOVEMBRO / 2025: Como utilizar o resultado de meu PCM e as informações providas pelo CMMS para avaliar fornecedores de serviço de manutenção?
  • DEZEMBRO / 2025: Quais as dicas para estruturar a minha célula de PCM ou PPCM na empresa?
  • JANEIRO / 2026: Célula de PCM – Ter ou não ter uma dentro de minha estrutura?
  • FEVEREIRO / 2026: Como acompanhar e aferir a qualidade das informações em uma ordem de serviço de manutenção?
  • MARÇO / 2026: Como avaliar a qualidade de minha manutenção e equipe “versus” os registros apurados através do CMMS?
  • ABRIL / 2026: Documentações importantes para uma operação – Como selecionar, aferir e organizar estes documentos?
  • MAIO / 2026: Como estruturar o treinamento de minhas equipes de operação e manutenção?

Tratemos também alguns artigos interessantes sobre o tema operação e manutenção, assim como temas não menos importantes que abordem a infraestrutura predial ou industrial em edificações.

Por fim, trataremos também aqui de algumas informações do mercado, as quais poderão ser publicadas neste blog ou através dos demais meios de comunicação da A&F Partners Consulting:

Enfim, este blog iniciará agora o seu ano e deseja a todos um feliz 2025 e uma boa leitura!

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Como andam as nossas operações e negócios no que se refere ao inventário de carbono e emissão de GEE?

Imagem de freepik

Apesar de um ótimo posicionamento do Brasil no que se refere ao mercado de créditos de carbono, em um cenário mundial, somos ainda considerados como um país em desenvolvimento, com uma grande participação / atuação do mercado da construção civil, além de possuirmos polos industriais de grande relevância e operações comerciais dispersadas em nosso imenso território.

Segundo alguns artigos publicados por especialistas no mercado, existem “tipos de indústrias” que possuem um maior percentual de contribuição para a emissão e, consequentemente o controle e redução da emissão de Gases de Efeito Estufa, a exemplo da área da construção civil, com aproximadamente 36% da demanda energética global.

Além do setor da construção civil, as indústrias e operações comerciais também podem contribuir para tal redução, revisitando as suas fontes de energia, os seus processos de fabricação, operação e manutenção sendo, no entanto, importante que se mapeie ou inventaria a condição de suas emissões, a fim de que um plano ou programa de controle e redução venha a ser estabelecido.

Em acordos mundialmente firmado em Paris com as principais economias globais, projeta-se atingir uma condição neutra de carbono até 2050, sendo que nos restam apenas 26 anos para que este prazo seja atendido. Em termos de Brasil, e apesar de uma tradicional lentidão na estruturação, implementação e acompanhamento / fiscalização de programas de incentivo e/ou obrigatórios sobre este quesito, teremos certamente pela frente alguma movimentação que exigirá a “quebra” da inércia em vários setores.

Trata-se, portanto, de um movimento necessário a ser adotado por todos os principais setores de nossa economia, incluindo programas de conscientização e modelos estruturados para a implantação e monitoramento. Adicionalmente, o inventário de carbono se constitui em uma estratégia para o ESG nas empresas e instituições.

Destaquei aqui alguns interessantes artigos que abordam este tema e para os quais recomendo a sua atenção e leitura; são estes:

  1. SENAI PR (Publicado em fevereiro de 2024): A importância dos Inventários de Gases de Efeitos Estufa no enfrentamento às mudanças climáticas e na agenda ESG
  2. CTE (Publicado em novembro de 2024): Inventário de carbono: principais motivos para fazê-lo
  3. TROPOSLAB (Publicado em junho de 2024): Como os créditos de carbono podem apoiar a implementação do ESG na sua empresa
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A ordem de serviço na atividade de manutenção

Por: Alexandre M F Lara

Imagem de DC Studio no Freepik

Ainda que estejamos em meio ao que denominamos como 4a geração da manutenção, considerando a evolução ou o redesenho de estratégias, processos e controles no que diz respeito aos objetivos, foco e função da manutenção, temos como um importantíssimo componente a “velha e conhecida” Ordem de Serviço (OS) ou Ordem de Manutenção (OM) em nosso dia a dia.

Mais do que a função de registro histórico de atividades realizadas e responsáveis por realizá-las, este instrumento resume-se em um importante canal de saída e entrada de informações que permitirão não somente a instrução de profissionais de operação e manutenção, como também possibilitarão a entrada de dados necessários ao monitoramento e gestão sobre o programa implantado e resultados do planejamento realizado.

Como exemplo destes “canais” de entrada e saída, podemos destacar:

  1. Entrada de dados ou informações:
    • Responsável pela manutenção ou serviço;
    • Data e horário de atribuição da OS ou OM;
    • Referências de localização;
    • Registro / confirmação do ativo a ser mantido / atendido;
    • Registros de tempos para controle e gestão (início e final do serviço para a análise de produtividade – “wrench time”);
      • Lançamentos de serviços, status ou condições encontradas / observadas, incluindo a possibilidade de customização destas entradas;
      • Lançamento de materiais aplicados durante os procedimentos, incluindo a possibilidade de integração com outros sistemas de gestão de almoxarifados;
      • Lançamento de custos aplicados durante os procedimentos, incluindo a possibilidade de integração com outros sistemas de gestão de almoxarifados;
      • Observações ou comentários.
  2. Saída de dados ou informações:
    • Dados e informações sobre o ativo;
    • Descrição das atividades de manutenção a serem realizadas;
    • Nível de prioridade e prazos;
    • Orientações quanto ao SSMA;
    • Orientações adicionais para a realização de tarefas, tais como diagramas, plantas, manuais, treinamentos virtuais, entre outros.

No entanto, para que a ordem de serviço ou manutenção seja adequadamente moldada / customizada, caberá ao profissional de planejamento definir previamente os processos e informações necessárias, juntamente com os seus gestores responsáveis. Notem, por exemplo, que uma “simples” entrada de datas e horas para o monitoramento e análise da produtividade do profissional e equipe demandará pela estruturação na base do sistema informatizado de gestão, a fim de que possam ser gerados relatórios, gráficos, tendências, etc.

De forma resumida, o processo de planejamento deverá se iniciar como levantamento de necessidades e expectativas de nosso cliente interno ou externo, sendo de fundamental importância que estas condições sejam refletidas durante as etapas de planejamento da atividade de manutenção. Embora não entremos aqui no detalhamento em si para a atividade de PCM ou PPCM (será objeto de outro post futuro), será também necessário que se trace o conjunto de objetivos e metas a ser atingido na manutenção.

Este detalhamento dos processos e resultados esperados auxiliará na definição de canais de entrada e saída, fluxos de processos e suas eventuais variações, além de desenhar os modelos de formulários para a coleta de dados e informações previamente definidas.

Ou seja, uma adequada definição destas entradas e saídas para estes processos e formulários, aliada ao uso da tecnologia disponível no mercado (IoT, Gêmeos Digitais, AI, etc) e em sistemas de gestão e suas integrações, possibilitará uma gestão mais eficaz e competitiva.

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