Vi nesta semana uma publicação do PROCEL intitulada “Eficiência energética: um aliado da gestão pública”, o que me aguçou a curiosidade para a leitura, haja vista a demonstração histórica de incompetência técnica de nossos governantes em gerir o património público e buscar por uma administração mais eficiente e por uma gestão menos ávida por impostos…
Em meus pouco mais de 55 anos de vida, tenho acompanhado a ocorrência de incidentes com viadutos e elevados, vias públicas, geração e distribuição de energia, além de sérios acidentes e/ou inicidentes com edificações públicas ou privadas, sendo que vários destes edifícios haviam se submetido recentemente a aprovação ou licença por orgãos responsáveis.
Em resumo, a velha história de se sobrepor interesses políticos sobre questões técnicas, ainda que estas possam lhes proporcionar reduções significativas em seus orçamentos.
Este post não tem como intenção o desabafo, ou mesmo uma abordagem política, mas sim, de destacar a importante visão não política e com um viés técnico de nossos governantes, sobre o patrimônio e infraestrutura pública, financiada por nós, contribuintes.
Vejam no próprio exemplo da iluminação pública a indiscutível oportunidade de redução no consumo de energia, assim como na oportunidade de melhorar a qualidade da iluminação e de reduzir custos operacionais.
Este processo já é comumente utilizado pelo setor privado, através da busca por soluções técnicas que atquem os pontos vitais acima (parágrafo anterior) e que possam ser viabilizadas no curto, médio ou longo prazo.
Da mesma forma, têm-se as atividades de manutenção e preservação da segurança em nosso patrimônio e infraestrutura pública, o que demanda, obviamente, por um processo de disgnóstico para a identificação de tais lacunas e ações necessárias, assim como de um processo de planejamento e estudo de viabilidade, explorando-se, inclusive, as possíveis parcerias.
No entanto, apesar de certamente visível para todos vocês leitores, esta linha de raciocínio ou de conduta é sobrepujada por outros objetivos, ou pela ausência de uma competência técnica entre as equipes gestoras.
Temos, de fato, um potencial enorme a se explorar, o que requererá muitas vezes por períodos maiores do que os 4 (quatro) anos de mandato de prefeitos ou governadores; aliás, se estes governantes ainda olharem com um maior cuidado, verão que bons resultados poderão ainda lhes render a manutenção de seu partido no poder…
Em resumo, este post tem por objetivo destacar a importância de alguns cuidados em processos de gestão, seja ela pública ou privada, incluindo:
- A estruturação de equipe minimamente competente e habilitada para a gestão
- A contratação ou a elaboração de um diagnóstico situacional detalhado, incluindo a proposição de medidas corretivas necessárias e, se possível, a estimativa de custos
- A análise interna sobre o diagnóstico e soluções apresentadas, traçando-se uma ordem de prioridades organizada em função do risco e/ou benefícios para a operação
- A elaboração de um plano de ação estruturado, visando obter resultados no curto, médio ou longo prazo
- A reestruturação de sua equipe de gestão (quando aplicável), com um importante foco na FERRAMENTA DE ACOMPANHAMENTO e GESTÃO destes resultados
- A implantação e o monitoramento contínuo
- O compartilhamento dos resultados com os integrantes e interessados
- A reavaliação de prioridades e próximos passos
Isto não lhes parece famliar???

Em tempo, não deixem de ler a boa matéria do PROCEL sobre as oportunidades em relação a iluminação pública nas cidades, escrita pelo Tiago Reis.
Fonte: PROCEL INFO
Por: Tiago Reis
Artigo: Eficiência energética: um aliado da gestão pública
Com o início dos novos mandatos, prefeitos eleitos e reeleitos começam a colocar em prática o planejamento do novo ciclo de administração dos municípios brasileiros. Em meio à crise econômica, social e sanitária, em virtude da pandemia da covid-19, gestores públicos de todas as regiões do Brasil buscam alternativas para reduzir as despesas e organizar as finanças das prefeituras. E num momento de aperto orçamentário e queda de receitas, a gestão eficiente da energia elétrica ganha importância na administração pública. Segundo maior custo de uma prefeitura, perdendo apenas para a folha de pagamento dos servidores públicos, a redução do valor da conta de luz passou a ser uma questão de sobrevivência para muitos municípios. E neste ponto, a eficiência energética pode ser um grande aliado. Dependendo do tamanho e população do município, a implementação de medidas permanentes de eficiência energética no âmbito da administração municipal pode proporcionar uma redução de até 10% nas despesas globais.
Leia o artigo na íntegra clicando aqui.