
Tenho visto e conversado com alguns colegas que atuam em operações no Brasil, extremamente preocupados com a pandemia que assolou o mundo e que vem, a cada dia, produzindo números assustadores, com os quais devemos nos preocupar.
Trata-se, na realidade, de uma guerra mundial e quase invisível, na qual nos encontramos inseridos e que nos força à colocar em prática cuidados e procedimentos já conhecidos, em conjunto com alguns cuidados importantes e adicionais.
Embora o brasileiro tenha tradicionalmente uma preocupação com limpeza e organização, ainda que nada possa ser afirmado de forma generalizada (vide os nossos hábitos pessoais, o nosso metrô que é reconhecido mundialmente, etc), temos também como fato comum o relaxamento histórico com cuidados pessoais, tais como o uso de cuidados para a nossa própria higiene pessoal.
Quem de nós não aprendeu quando ainda criança sobre a necessidade de lavar as mãos antes e após a realização de eventos? E quem de nós não aprendeu em sua vida profissional sobre os cuidados necessários à sua segurança e ao cuidado para com o próximo (SSMA)?
Sinceramente, acredito que quase nenhum leitor tenha escapado de tais exemplos acima…
Adicionalmente, nos acostumamos a “desenhar” planos de contingência e de gestão de crises em nossas operações, planos estes as vezes ridicularizados por alguns (ameaça de bombas, etc), embora extremamente necessários.
Pois bem, estamos em guerra, e precisamos nos reeducar e colocar em prática tudo aquilo que já conhecemos, inserindo também os cuidados e orientações específicas que nos forem passadas pelos orgãos competentes. Além disso, temos uma tarefa excepcional que é a de conscientização de colegas, colaboradores e usuários, com profissionalismo, humanidade e sem terrorismos, assim como já estamos acostumados a fazer em situações de extrema emergência, como em abandonos de edifícios e até mesmo, em ameaças de bomba, etc…
Mas antes disto, precisamos acreditar que estamos em guerra e que não estamos sozinhos! Precisamos também acreditar que esta situação que assola o mundo pode nos ensinar, recuperar ou reforçar o respeito ao próximo, os limites da nossa individualidade, o respeito aos procedimentos e normas e sobre a importância de uma atuação coletiva para enfrentar situações como esta, de forma humana e profissional.
As gerações anteriores as nossas enfrentaram guerras e crises econômicas, que as fizeram aprender, a se unir e crescer…. Agora, será a nossa vez de aprender e, principalmente, de nos unirmos e crescer com toda esta situação.
Não podemos mais nos omitir e imaginar que as pedras caem somente no telhado do vizinho… Precisamos nos inserir como cidadãos brasileiros e do mundo, respeitando ao próximo e ao nosso planeta.
Vamos aproveitar esta oportunidade de aprender e de ajudar a humanidade!
Vamos aprender o novo e colocar em prática tudo o que já conhecemos e que, de alguma forma, esteve ou está adormecido…