Estímulo talvez seja a palavra “certa” na abordagem do autor….
Embora agraciado na última década (aproximadamente) com a entrada de modelos de certificação verde no Brasil, nos deparamos hoje com operações parcialmente ou integralmente “falidas” ou falhas nestas mesmas edificações certificadas, principalmente devido à nossa falta de cultura e na falta de estímulos aos investidores.
Sem querer polemizar (já abordei este tema neste blog por mais de uma oportunidade), o maior estímulo de investidores e proprietários foi a valorização de seus ativos com o selo da certificação, em um momento no qual tínhamos olhares do mundo voltados ao Brasil (estável em sua economia e promissor com a escolha para sediar os jogos olímpicos e a copa do mundo).
Em relação aos investidores com os quais mantivemos contato nestes anos, jamais pude observar em seus olhos o desejo de ter uma edificação mais eficiente, gerando custos operacionais mais baixos (e evidentemente atrativos para os seu negócio e seus usuários), qualidade e conforto aos ocupantes e, principalmente, benefícios incomparáveis à natureza e ao meio ambiente.
Porém, todo este “estímulo” teria o seu “tempo contado”…., não proporcionando aos investidores uma visão de médio ou longo prazo, sem nenhum benefício qualquer de nosso governo.
Enfim, retornamos aqui às operações “falidas”.
Voltando ao tema deste post, vejam no tema e no link abaixo a proposta (já em aplicação em outros países, segundo o autor) sobre a criação de novos estímulos, evidentemente que possíveis com a visão e apoio de nossos governantes….
Este novo estímulo se baseia em um mercado onde seja possível se negociar a energia economizada pelas edificações mais eficientes, o que substituiria (na proposta do autor) o atual programa da ANEEL, cuja abrangência é ainda muito pequena na minha humilde visão.
Torço realmente para que questões como está sejam tratadas de maneira séria pelos nossos governantes.
Vejam abaixo a divulgação do Procel a este respeito.
Fonte: Procel Info
O livro “White Certificates: um mercado de títulos de eficiência energética para o Brasil” (Rinaldo Caldeira), publicado no último mês de novembro, discute o tema como um potencial a ser usado no Brasil.
O autor mostra como esse instrumento já vem sendo adotado em diversos países, com resultados satisfatórios, e propõe uma adaptação ao cenário brasileiro.
Fonte da notícia:
*Com informações de IEE/USP