O capital humano e a confiabilidade

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A confiabilidade em um ativo, instalação ou sistema será maior, quando a probabilidae em cumprir a função para a qual fora projetado também for elevada / aumentada. Notem que este resultado demandará não somente por técnicas ou estratégias a serem escolhidas e adotadas, mas também, pelo engajamento entre os times envolvidos: gestão, operação e manutenção.

Em uma indústria, este engajamento deverá atingir as equipes de produção e manutenção, haja vista que ambas possuirão as suas atuações sobre um mesmo ativo estudado; mas e quando falamos de manutenção predial?

Neste caso, o engajamento também será necessário entre as equipes que mantém o ativo, e as equipes responsáveis por sua operação e monitoramento pois, de nada adiantará o maior cuidado em relação a manutenção se não tivermos assegurada a sua operação, dentro dos parâmetros definidos em projeto.

Vejam como exemplo a performance de um sistema central de AVAC-R projetado para operar produzindo água gelada à 5ºC e atuando entre 6:30 hs e 22:00 hs, dentro de uma edificação comercial; esta condição definida em projeto considerou o parâmetro de temperatura , assim como o parâmetro tempo de “produção”, para que se atingisse o resultado esperado no tratamento / combate à carga térmica calculada, ao longo de um dia de operação.

O fato de se definir um novo modo de opeção para a CAG (7ºC de temperatura de água gelada e operação do sistema entre 8:30 hs e 22:00 hs) resultará em uma performance diferente para o sistema, principalmente em dias cujas características (temperaturas externas e condições de uso e ocupação do ambiente climatizado) forem as mesmas identificadas no projeto.

Não há mágica….e, sim…., a necessidade de conhecermos o sistema, as suas funções e formas de atuações previstas, assegurando com que este seja operado em conformidade com o que fora projetado! Isto exige o engajamento e o treinamento das equipes envolvidas, para que se aumente a confiabilidade destes ativos!

Existe uma frase citada por um psicólogo e professor norte americano que reforça a importância da colaboração entre equipes quando de sua atuação em tarefas que tenham a interdependência como uma de suas principais características:

“Na medida em que a interdependência é aumentada, a colaboração e o trabalho em equipe se tornam criticamente maiores, para se atingir a efetividade na organização.”

Edgar Schein

Em resumo, não se deve olhar apenas para políticas e estratégias em nossa área de manutenção, sem que consideremos o fator “Capital Humano” dentro deste desenho ou redesenho.

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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