Energia solar fotovoltaica: um caminho ensolarado

Fonte: Revista América Economia

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Jovem, emergente e com um potencial de afirmação bastante expressivo, o setor de energia solar fotovoltaica no Brasil passa por um processo de inserção na matriz elétrica do país e de crescimento ao longo dos últimos anos, representando cerca de 63 megawatts (MW), o que equivale a apenas 0,02% de toda a potência instalada no país, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A compra de energia elétrica pode ser feita de duas maneiras no mercado brasileiro e, para isso, há dois ambientes distintos. Na modalidade regulada, a energia é distribuída por meio de concessionárias aos consumidores que pagam a elas tarifas controladas pelo governo. Já na modalidade de contratação livre, o consumidor pode negociar preços e condições com empresas geradoras ou comercializadoras de energia. Para melhor compreender este cenário, é necessário visualizar também duas frentes de atuação distintas para o setor: a geração centralizada e a distribuída.

O mercado de geração centralizada se relaciona com centrais geradoras de energia elétrica conectadas às redes de linhas de transmissão de grande porte que começaram o seu desenvolvimento em 2013, através da realização de leilões estaduais e federais. Atualmente, a capacidade de potência instalada no país para esta modalidade é de 27 MW. Este tipo de geração movimentou cerca de R$ 13,5 bilhões com a contratação de aproximadamente 3,3 gigawatts (GW) nos leilões realizados entre 2013 e 2015 e com início de suprimento em 2017 e 2018. Ao término deste ano, a expectativa é que haja uma contratação presumida da ordem de 1 mil a 1,5 mil MW, com investimentos estimados entre R$ 4 e 6 bilhões. O estado da Bahia (BA) é líder em geração centralizada com 1 mil MW contratados e que ainda serão instalados até 2018. Em segundo lugar Minas Gerais (MG), em particular na sua porção norte que detém um recurso solar excelente para projetos de grande porte, seguido pelo estado do Piauí (PI).

Já os projetos de geração distribuída dizem respeito aos sistemas de micro e mini geração espalhados ao redor do país e são frequentemente encontrados em telhados de residências, comércios, indústrias, prédios públicos e também nas zonas rurais. No total acumulado até agosto de 2016, a potência instalada atingiu a marca de 35,7 MW com um investimento estimado em R$ 316 milhões e, até o término do ano, a expectativa é de atingir 40 MW fazendo um investimento adicional de R$ 34,3 milhões. Em 2015, os aportes destinados à geração distribuída atingiram R$ 82 milhões. O estado de Minas Gerais (MG) lidera em quantidade de sistemas de geração distribuída com pouco mais de mil pontos de consumo conectados à rede, representando em média de 20% a 25% do mercado nacional, seguido por São Paulo (SP) e Rio Grande do Sul (RS).

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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