Economia aliada a sustentabilidade: Como condomínios residenciais podem reduzir o consumo de energia

Fonte: Procel Info

Por: Lara Martinho, com a colaboração de Juliana Mafra

Acesse aqui a reportagem em sua fonte.

A conta de energia elétrica pode representar de 12 a 30% das despesas de um condomínio, segundo a Companhia Energética de Brasília (CEB). Suprimir desperdícios e aperfeiçoar a eficiência no uso da energia são os meios necessários para alcançar a economia. Mobilizar os condôminos também pode ser uma forma de se atingir esse objetivo. A boa notícia para os gestores de condomínios é que a energia elétrica é um insumo gerenciável e que o consumo está diretamente ligado aos hábitos de uso e à qualidade dos equipamentos.

Reduzir o consumo de energia elétrica, não apenas combate o desperdício e reduz o valor financeiro dos gastos nas contas, como também ajuda na preservação do meio ambiente. A iluminação de áreas comuns nos condomínios são responsáveis por uma boa parte desses gastos. Uma das principais medidas utilizadas para essa redução é o mapeamento das condições de iluminação.

As lâmpadas LED são consideradas as mais sustentáveis porque oferecem características mais vantajosas do que as lâmpadas tradicionais. Economizam mais energia, possuem um maior fluxo luminoso, longa vida útil, além de não apresentar mercúrio em sua composição e nem emitir raios UV e infravermelhos. As mais eficientes possuem o Selo Procel. As fluorescentes compactas também são eficazes, sendo quatro a cinco vezes mais eficientes que as incandescentes. As lâmpadas Super LED e LED são diferenciadas pela potência, alta e baixa – até 0,5 W são de baixa potência (LED), acima disso são consideradas Super LED.

A escolha da lâmpada vai de acordo com cada ambiente e suas necessidades, levando assim considerações como custos de manutenção e gastos energéticos, o ideal é ter um profissional especializado no assunto para indicar durabilidade, temperatura de cor, tecnologia do produto, e se ele se adapta ao ambiente em questão. Além da substituição das lâmpadas, outra recomendação é manter os ambientes com cores claras, nas paredes e no teto, refletindo melhor a luz e diminuindo a necessidade de diversos pontos de luminosos.

No caso de sensores de presença o ideal é sua utilização em locais nos quais não é necessário manter as luzes ligadas o tempo todo, como locais de passagem ou de curta permanência. Recomenda-se seu uso com lâmpadas LED ou halógenas, estas possuem a mesma durabilidade das incandescentes e economizam 30% de energia. Seu uso com lâmpadas fluorescentes não é indicado, pois acarreta redução da vida útil devido à frequência com que são acionadas durante um dia.

Segundo Emerson Salvador, Gerente do departamento de desenvolvimento da eficiência energética da Eletrobras, o uso de elevadores muito antigos pode contribuir para o gasto de energia de forma demasiada. Além disso, o rodízio de elevadores pode ser uma alternativa interessante para economizar com eletricidade e na manutenção. Alguns edifícios já usam elevadores inteligentes, que buscam otimizar o tempo de deslocamento das pessoas e ajudam também na redução do consumo.

“Há outras dicas que colaboram com a economia em condomínios, como a instalação de sistemas de aproveitamento da água da chuva e a aplicação de placas solares para aquecimento de água para banho. Há empresas especializadas que podem oferecer opções aos condomínios. Ademais, é sempre indicado contratar um profissional habilitado para serviços em eletricidade”, ressalta Salvador.

O condomínio Cesar Cantinho, em Botafogo, é um exemplo de ação sustentável e do uso de energia solar para diminuir o consumo de energia elétrica.

“Sou gestora por formação e, quando assumi a sindicatura, constatei o muito que precisava ser feito para implementar uma gestão eficaz. Foram vários anos de trabalho intenso, contando com o inestimável apoio dos Conselheiros, para que o condomínio se tornasse sustentável e servisse como exemplo para outros que querem melhorar a gestão” – contou a sindica Henriette Krutman, que faz questão de investir na qualidade de vida de moradores e funcionários.

Além de todas as ações sustentáveis presentes no condomínio, a síndica precisou tomar uma importante decisão para reduzir os gastos com energia do prédio e acabou transformando-o no maior edifício do Brasil com água aquecida por energia solar. São cerca de 40 mil litros por dia.

Outra fonte de economia do condomínio foi substituir o gás utilizado pelas caldeiras por bombas de calor. Essa medida gerou uma redução mensal de cerca de R$12 mil. Com o gás se gastava em média R$ 15 mil, e com as bombas, entre agosto de 2008 e junho de 2014, o custo foi de R$3.590/mês.

O Secovi Rio, Sindicato da Habitação, promove de dois em dois anos um evento onde os prédios mais sustentáveis do Rio de Janeiro recebem uma premiação em dinheiro e um certificado. Na última edição, em 2014, os três premiados foram: Condomínio do Edifício Bandeirante Capitão Domingos, Todos os Santos; Condomínio do Edifício Gold River, Maracanã e Condomínio do Edifício Portofelice, Barra da Tijuca.

Essa iniciativa não somente estimula a economia de energia e preservação do meio ambiente, como também ajuda nas verbas do condomínio.

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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