Como aquecer sua casa sem levar um susto na conta de luz

Fonte: PROCEL INFO

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Brasil – Com uso responsável, o conforto pode ser mantido sem aumento no consumo da energia elétrica
Gabriela Marques de Oliveira, para o Procel Info

Brasil – O inverno começou oficialmente no dia 21 de junho, mas pelas temperaturas baixas que já são sentidas em boa parte do Brasil, principalmente na região Sul e Sudeste, parece que já começou há bastante tempo. Junto com isso, além da vontade de comer fondue e tomar um bom vinho, vem a preocupação em como deixar a casa mais quentinha para suportar o frio. São diversas formas utilizadas para conseguir se aquecer, como tomar aquele banho quente demorado, lareira acessa, aquecedores elétricos, lençóis térmicos, secador de roupa e de cabelo, até aquecedor de toalha. Tudo isso para driblar o frio. Mas nesse momento de freio no consumo de energia, por conta do aumento na conta de energia elétrica e, também, os problemas de desabastecimento hidríco que passamos no início do ano, qualquer meio de se aquecer pode dar um salto na conta e um susto no bolso.

Pensando nisso, a reportagem do Procel Info consultou especialistas para ajudar com dicas para curtir o inverno com conforto e sem decepções no bolso. A primeira delas está relacionada com a hora do banho. Thiago Jeremias, engenheiro eletricista da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) disse que “um dos grandes vilões do consumo no inverno é o chuveiro elétrico. Em geral, no inverno os chuveiros são ajustados para a máxima potência e com maior fluxo de água.” Ele comenta que o tempo médio de banho tende a aumentar pelo “receio” de sair do banho e estar frio, ou seja, além de desperdiçar energia, também desperdiça água. Existem ainda situações mais extremas em que consumidores deixam o chuveiro ligado alguns minutos antes do banho para aquecer o ambiente, o que é uma ação muito ineficiente.

Thiago alerta também para alguns perigos na hora do banho. Ele lembra que algumas pessoas ainda ligam aquecedores dentro do banheiro. “A utilização de aquecedores elétricos é mais eficiente do que deixar o chuveiro ligado antes do banho, porém deve-se tomar muito cuidado porque o banheiro é um ambiente úmido em que as pessoas estão descalças. Com isso, os riscos e as consequências mais graves do choque elétrico aumentam muito.”

Os especialistas recomendam dar preferência para o aquecimento solar da água para as torneiras e chuveiros. Mas se você utiliza chuveiro elétrico, evite ficar muito tempo no banho e utilizar na temperatura mais quente. Às vezes no morno já funciona. É o que diz Guilherme Bogado Guimarães, de 18 anos que mora em Gramado, no Rio Grande do Sul, disse que na casa dele, o tempo de uso do chuveiro passa a ser por um período menor. “O sistema de quente, frio e morno pode ser regulado. Portanto, a opção morno pode se ser mais apropriada pelo custo menor. Porque quanto mais quente, a eletricidade faz mais esforço para aquecer.”

O segundo item é o aquecedor. O IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), fez uma pesquisa e comparou quatro tipos de aquecedores. O irradiador, aquele que costuma ter em hotéis; o de gabinete, que parece um ventilador; o aquecedor à óleo, que o formato lembra o climatizador de ar; e o split. Eles estudaram as vantagens e desvantagens de cada um em questão de desempenho, riscos, direcionamento de calor, facilidade de transporte, ruído, preço, consumo de energia mensal, entre outras coisas. O irradiador, por exemplo é o melhor em questão de desempenho e consumo de energia, mas oferece riscos por conta das barras de ferro que podem provocar queimaduras sérias. O estilo gabinete é muito bom em questão de preço e consumo energético, mas produz ruído e também oferece riscos de queimadura por contato com a grade. Os aquecedores a óleo já não possuem um bom desempenho na hora de aquecer o ambiente e de serem mais caros no mercado, além de consumirem bastante energia. Por fim, o aquecedor Split tem a desvantagem de não poder ser transportado de um ambiente para outro e seu desempenho não é tão bom quanto o aquecedor de gabinete e o irradiador. Por outro lado, ele é o melhor em termos de segurança, principalmente se o consumidor tem crianças ou pets em casa.

Outro item que ajuda muito na hora de fugir do frio é o lençol térmico. Mas Thiago ressalta: “Não durma com lençol térmico ligado e prefira aqueles com temporizadores ou controladores de temperatura. O mesmo deve ser utilizado apenas para pré-aquecer a cama antes de se deitar, pois esquecer um lençol térmico ligado pode gerar incêndios. Muito cuidado com lençol térmico em camas com crianças ou idosos, pois a umidade pode causar choque elétrico. Por exemplo, derramar líquidos da mamadeira, vazar a fralda, suor, entre outros.”

O funcionário público, Lucas Ezequiel Bernardes, de 25 anos, morador de Igrejinha, no Rio Grande do Sul, lembra que para economizar é importante fazer a substituição de equipamentos antigos por aqueles com Selo Procel ou pelo menos classificação “A” na ENCE, como ele fez na casa dele. Os especialistas concordam e ressaltam também a utilização de lâmpadas de LED.

No inverno é mais difícil secar roupas, e por isso muitas pessoas optam por utilizar a secadora de roupas. Renata Amaral, pesquisadora do IDEC, diz que a dica é procurar acumular roupa para lavar e secar tudo de uma única vez e que as roupas sejam colocadas na máquina o mais secas possíveis, ou seja, já centrifugadas. Thiago também lembra que é melhor lavar as roupas em dias de sol.

Por fim, Renata lembra que manutenções periódicas são importantes para que o consumidor se previna de acidentes, além da leitura atenta do manual de utilização que fornece ao mesmo indicações da melhor maneira de como o equipamento deve ser utilizado para evitar acidentes. Ela também diz que a dica do IDEC é sempre a utilização racional dos equipamentos. Ou seja, se atentar se o equipamento está sendo mesmo necessário e utilizá-lo com consciência. Aquecedores elétricos, lareiras e cobertores elétricos, por exemplo, só devem ser utilizados em estrita necessidade. Ao fechar janelas e se proteger com cobertores e casacos, muitas vezes, esses equipamentos não se tornam mais necessários. Outra possibilidade é optar por outra fonte de energia, como aquecedores à gás e manter os aparelhos desconectados das tomadas quando estivem fora de uso. Mas o mais sustentável é sempre lembrar de “reduzir” o consumo utilizando equipamentos eficientes. Quando for necessário, optar por equipamentos que possam ser utilizados em todas as estações do ano, e não apenas em períodos específicos e que sejam adequados à sua utilização. No final das contas, “o consumidor deve fazer os cálculos e verificar o que é o melhor para o bolso”, ressalta Renata.

Confira algumas dicas para economizar energia durante o inverno:

Chuveiro Elétrico – Os chuveiros com potências elevadas representam um dos maiores consumos de energia elétrica de uma residência durante o inverno, podendo representar 35% do valor da conta de luz. Neste caso, a principal dica é ficar o mínimo possível com o chuveiro ligado. O banho de 15 minutos por dia para uma família de quatro pessoas equivale ao consumo de energia de 40 lâmpadas de 100W.

Geladeira – Deixe o termostato da geladeira no mínimo. No inverno a geladeira não necessita de uma potência muito alta. Dicas já conhecidas seguem válidas, como: não abrir a porta desnecessariamente, não cobrir as grades internas com toalhas; não secar roupas na parte de trás; não colocar alimentos quentes e possuir borrachas de vedação em bom estado de conservação.

Torneiras – Se sua torneira for aquecida, desligue a torneira para ensaboar a louça, além de economizar energia, economizará água.

Ferro de passar – Passar, de uma só vez, a maior quantidade possível de roupas e utilizar a temperatura indicada no ferro para cada tipo de tecido, deixando as roupas mais leves para o final

Máquinas de lavar e secar – Utilize a capacidade máxima das máquinas de lavar e secar: nas máquinas de lavar, atente para a quantidade de sabão, evitando repetir a operação de enxágue. Nas secadoras, utilize-as apenas quando realmente necessário.

Lâmpadas – Troque lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou leds, que gastam de 60% a 80% menos energia.

* Com colaboração de Matheus Maklister

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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