Fonte: DCI São Paulo
Acesse aqui a matéria em sua origem.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) trabalha para unificar os procedimentos de licenciamento ambiental das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). A intenção é agilizar o processo para diminuir os atrasos em obras desse tipo de usina.
Segundo o diretor da Aneel, André Pepitone, o licenciamento ambiental das PCHs é feito em âmbito estadual o que atrasa a obtenção dos certificados necessários para a construção das usinas.
“Atualmente, o processo de licenciamento ambiental das PCHs entra na fila junto com qualquer outro empreendimento que esteja solicitando licença para entrar em operação. Isso atrasou demais as liberações das PCHs”, afirmou o diretor da Aneel na última quinta-feira após a realização do Leilão de energia A-5.
A situação das PCHs é preocupante. Conforme levantamento da Aneel, 81,1% das obras das novas usinas previstas para entrar em operação até 2020 ainda não foram iniciadas ou estão paralisadas.
Para o presidente da Trade Energy, Walfrido Ávila, as PCHs são muito importantes para a matriz brasileira porque geram energia próximo a fonte de consumo o que diminui o custo de transmissão. Além disso, elas estimulam a indústria.
“As usinas de pequeno porte são feitas 100% com material produzido no Brasil, com 100% de mão de obra brasileira. Construir PCHs é vantajoso do ponto de vista ambiental, energético e estimula a economia nacional”, afirmou o presidente da Trade Energy.
No leilão A-5 foram contratados 8 novos projetos PCHs com potência total somada de 509 megawatts (MW). Além das PCHs também foi contratada no leilão a Usina Hidrelétrica de Itaocara com potência de 150 MW e a expansão de outra usina no Paraná. O preço médio da energia para fonte hídrica foi de R$ 183,66, ante um preço teto de R$ 201,00.
Além das hídricas também foi negociado uma térmica de base a gás no Sergipe com capacidade de geração de 1,5 mil MW e outras três térmicas com capacidade de 111 MW.
Racionamento
O presidente da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), Mauricio Tolmasquim afirmou após o leilão que não existe chance de racionamento para esse ano. “A entrada de novas usinas de outras fontes será suficiente para suprir a menor geração hídrica”, afirmou.