Governo adota medidas para importar energia de Argentina e Uruguai

Fonte: Valor Online

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O governo determinou a adoção de medidas para viabilizar a importação de energia da Argentina e do Uruguai a fim de atender o sistema elétrico brasileiro. O Objetivo é aproveitar as eventuais disponibilidades de energia nos dois países para abastecer o sistema nacional. Não há um volume definido, mas o potencial, a partir da infraestrutura existente, é de 2.050 megawatts (MW) da Argentina e de 70 MW, podendo ser estendido para 500 MW nos próximos meses, do Uruguai. A expectativa é que as operações sejam viabilizadas na segunda metade de março.

A decisão foi tomada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), formado pela cúpula energética de Dilma Rousseff, em reunião realizada na quarta-feira. A medida faz parte da estratégia montada pelo governo para garantir o abastecimento do sistema sem ter de tomar medidas mais amargas, como um eventual racionamento. Para viabilizar as importações, o Ministério de Minas e Energia está trabalhando na elaboração de portarias específicas sobre o assunto. Da mesma forma, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está preparando os documentos regulatórios necessários. E o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e as comercializadoras de energia definidas para as importações estão costurando os procedimentos comerciais.

Com relação à Argentina, o que está em estudo é diferente do acordo existente entre o ONS e a Cammesa, operadora do sistema do país vizinho. Na prática, o contrato atual tem como principal objetivo a exportação de energia do Brasil para a Argentina. O que está em discussão neste momento é o caminho inverso, ou seja, um modelo próprio para a importação de energia para o Brasil, quando houver disponibilidade naquele país. A importação de energia deverá ocorrer a partir das estações conversoras de frequência de Garabi, situada no município de Garruchos, e da estação de Uruguaiana. Essas instalações estão situadas no Rio Grande do Sul. Em janeiro, o sistema brasileiro importou energia da Argentina por dois dias consecutivos. As operações, até então consideradas incomuns por especialistas do setor elétrico, ocorreram dias depois do blecaute controlado que afetou 11 Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal, no horário de pico de consumo.

Segundo informações do ministério, as negociações com o Uruguai ocorrem em paralelo às da Argentina. No início serão importados até 70 MW de energia a partir da estação conversora de frequência de Rivera, no Uruguai, na fronteira com o Brasil, no município gaúcho de Santana do Livramento. A expectativa é que esse potencial aumente para 500 MW assim que entrar em operação a estação conversora de Melo, no Uruguai, na fronteira com o município de Jaguarão, também no Rio Grande do Sul. Em nota divulgada na quarta-feira, o CMSE informou que as análises atuais “não indicam, no momento, insuficiência de suprimento energético neste ano”. O colegiado acrescentou, porém, que as afluências nos próximos meses serão relevantes para avaliação da adequação das condições de atendimento em 2015.

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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