Fonte: O Tempo – BH – Contagem / MG
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O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) elevou nesta quarta de 4,2% para 4,9% o risco de desabastecimento de energia na região Sudeste/Centro-Oeste neste ano. Com isso, o risco se aproximou do limite tolerado pelo Conselho Nacional Política Energética (CNPE), que é de 5%. Na região Nordeste, o risco subiu de 0,3% para 1,2% neste ano.
Esses números consideram a série histórica de chuvas dos últimos 82 anos. Considerando a série sintética, que desdobra a série histórica de 82 anos em 2.000 cenários artificiais, o risco de desabastecimento de energia subiu ainda mais. Para as regiões Sudeste/Centro-Oeste, o risco atingiu o patamar de 7,3%, ultrapassando o limite fixado pelo CNPE. Para o Nordeste, o risco subiu para 2,5%.
O governo manteve a avaliação segundo a qual outras ações podem ser adotadas para manter o suprimento de energia. Mais uma vez, essas possíveis medidas não foram detalhadas. Mesmo com o sistema em equilíbrio estrutural, ações conjunturais específicas podem ser necessárias, em função da distribuição espacial dos volumes armazenados, cabendo ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a adoção de medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, como a estratégia que vem sendo adotada desde 2014, para preservação dos estoques nos principais reservatórios de cabeceira do Sistema Interligado Nacional (SIN), diz a nota divulgada nesta quarta à tarde.
Adequadas. Ainda assim, o Ministério de Minas e Energia (MME) reiterou que as condições de abastecimento de energia para este ano estão adequadas”, principalmente devido às usinas térmicas, usadas para complementar a geração das hidrelétricas.
Segundo o ministério, as chuvas continuaram abaixo do volume normal na maioria das regiões em dezembro. No Sudeste/Centro-Oeste, atingiram 85% da média; no Nordeste, 64%; e no Norte, 80%. Apenas no Sul as chuvas ficaram acima da média histórica e atingiram 106%.
Sem alarde?
Sobra. A nota do ministério destaca que há uma sobra estrutural de 7,3 mil MW médios de energia no país e que está prevista a entrada de 6,4 mil MW médios em novos empreendimentos.
Indefinido novo socorro às elétricas
BRASÍLIA. Contrariando expectativas do setor e do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixou nesta quarta à noite a pasta de Energia afirmando que ainda não há solução para o rombo, de novembro e dezembro, das distribuidoras. Após duas horas de reunião, não houve definição sobre o novo empréstimo de R$ 2,5 bilhões às empresas.
A questão tem que ser estudada porque tem complexidades, como a situação hidrológica. Dentro do realismo tarifário, nós certamente vamos tentar encontrar um encaminhamento, disse Joaquim Levy.