Fonte: Revista Infra
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Encontro realizado pela ABRAMAT abordou possíveis soluções para a crise de água e energia
A constante queda nos volumes dos reservatórios do Estado de São Paulo e a tendência de elevação de tarifas de energia elétrica levou a ABRAMAT – Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção – a realizar o evento Água e Energia: o que esperar para 2015, com o objetivo de debater novos caminhos para driblar a crise hídrica e fazer com que as empresas do setor mantenham-se em crescimento. Realizado no Hotel Transamérica Executive, o encontro foi aberto pelo presidente da ABRAMAT, Walter Cover, e contou com a presença da Gerente do Departamento de Meio Ambiente DMA/Fiesp, Anicia Pio, e do Diretor Presidente da Votorantim Energia, Otavio Carneiro de Rezende.
Na abertura, Cover falou sobre a importância em debater o tema para que as empresas encontrem alternativas para manter o abastecimento de água ao longo do próximo ano. “Com a crise da água e os volumes dos reservatórios em queda no Estado, precisamos manter o setor abastecido e, por isso, temos que debater mecanismos para que as empresas mantenham o crescimento”, afirmou o presidente da ABRAMAT.
De acordo com balanço divulgado pela Sabesp, o Sistema Cantareira é o que apresenta maior baixa entre os seis reservatórios: está com apenas 7,0% de volume disponível, já considerando o uso da 2ª parte do volume morto. Enquanto o Sistema Alto Tietê armazena 10,6% de sua capacidade, o Sistema Rio Claro está com 28,1% de sua reserva. Já o Alto Cotia mantém 30,3% do volume e o Guarapiranga, 35,9%. O Sistema Rio Grande, que abastece 1,6 milhões de pessoas, está com 65,2% de sua capacidade.
Na avaliação de Anicia Pio, serão necessários de 3 a 4 anos consecutivos com regime de chuva próximo da média histórica constantes para que os reservatórios tenham o volume normalizado. Às empresas, a especialista reforçou a necessidade da redução no consumo de água. “O recomendado é reduzir o consumo, buscar fontes alternativas, reutilizar água e fazer campanhas permanentes de conscientização”, destacou. Dados da FIESP apontam que 67% das empresas do setor estão preocupadas com a possibilidade de racionamento, enquanto que 47% acham que haverá impacto na produção.
Já o Diretor da Votorantim Energia ressaltou que o setor elétrico vem passando por importantes mudanças estruturais e conjunturais que impõem aos agentes a necessidade de uma gestão estratégica do consumo de energia. “Incertezas e mudanças futuras podem ampliar a complexidade do mercado de energia. Entretanto, antecipar-se a essas mudanças pode ampliar a competitividade, mitigar os efeitos colaterais e garantir uma gestão energética eficiente”, apontou Rezende.