O que são políticas e estratégias de manutenção…

Por Alexandre M F Lara

Neste mês de agosto falaremos aqui no blog sobre políticas e estratégias de manutenção e qual a sua importância para a nossa atividade e resultados que buscamos.

Primeiramente, é importante que compreendamos o significado de uma “Política de Manutenção”, ou melhor, de uma política composta por diretrizes e critérios que nos permita direcionar a melhor e mais adequada estratégia de manutenção para um ativo em nossa empresa.

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Em outras palavras, estas diretrizes ou critérios nos possibilitam definir não somente o tipo de manutenção (preventiva por tempo, preventiva por condição, detectiva ou mesmo corretiva), com também outras estratégias que venham a ser aplicadas, tais como rondas operacionais mais intensas, sistemas de monitoramento e controle, entre outras.

No entanto, para que para que possamos definir tais estratégias, a política de manutenção deverá considerar algumas etapas e critérios, englobando:

  1. O levantamento de ativos
  2. O seu cadastramento considerando os níveis definidos na política
  3. A análise de sua criticidade para o nosso negócio ou sua criticidade funcional
  4. A definição de estratégias de manutenção adotadas para a nossa instituição
  5. A elaboração de rotinas de manutenção, frequências, responsáveis e tempos de execução
  6. A definição de fluxos para os principais processos (atendimento a solicitações e chamados, tratamento de solicitações de serviço até a sua conversão em uma ordem para a execução, execução de manutenções, fornecimento de peças e materiais, entre outras)
  7. A definição de importantes modelos de operação, tais como procedimentos operacionais, rotinas periódicas de inspeção, etc
  8. Níveis de serviço esperados e principais indicadores no processo, assim como a sua forma de apuração
  9. Requisitos para a sua apuração e CMMS (Computerized Maintenance Management System)

Além dos tópicos acima, a Política Corporativa de Manutenção poderá ainda estabelecer modelos de relatórios gerenciais e sumários executivos, organogramas funcionais e formas de atuação das equipes que compõem a área de engenharia de manutenção, questões relacionadas a Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA), entre outros.

Enfim, trata-se de um importantíssimo documento que reunirá todas as diretrizes a serem seguidas pela instituição, dentro da modalidade de engenharia de manutenção, sendo fundamental a determinação das condições dos ativos e a sua importância para os processos e para a instituição (o seu negócio).

Aliás, dentro do processo acima descrito, entendo que os 3 (três) primeiros itens, se bem conduzidos, lhes permitirão definir com boa base as melhores estratégias e políticas a serem adotadas, dentro de seu processo de gestão do ativo (longevidade e desempenho ao longo de sua vida útil projetada – VUP).

Importante também ressaltar que a composição e experiência de sua equipe de gestão são fatores que influenciarão no resultado do trabalho.

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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