Fonte: Além da Energia
Divulgação: PROCEL INFO
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Veículos elétricos não emitem gases de efeito estufa e, em todo o mundo, já há várias iniciativas para reduzir a combustão nos próximos anos e apostar na eletromobilidade. Mas as tecnologias de armazenamento de energia em baterias devem permitir, no futuro, várias outras soluções para tornar o consumo de energia mais eficiente e, dessa forma, contribuir para que a descarbonização seja possível.
Exemplo disso seria a criação de baterias leves e eficientes que pudessem carregar diversos equipamentos e eletrodomésticos – até mesmo uma geladeira -, ou baterias de carregamento automático, revolucionando a inteligência artificial. Uma das aplicações poderia ser a viabilização de redes inteligentes (smart grids), simplificando a medição de demanda, eficiência energética e viabilização de fontes renováveis.
Todas essas alternativas serão possibilitadas pelo uso de nanotecnologia, nióbio, grafeno e até lixo atômico, que normalmente é enterrado para minimizar riscos de vazamento e contaminação, destaca uma matéria do MIT Technology Review.
Baterias automotivas mais baratas e eficientes
Uma das barreiras à eletrificação veicular no Brasil é o preço dos veículos – os quais, por sua vez, são mais caros em função do custo das baterias. Mas um estudo da BloombergNEF, encomendado pela Transport & Environment, aponta que a partir de 2026 a produção de veículos sedãs elétricos (segmentos C e D) e SUVs será tão econômica quanto a de veículos à gasolina.
No segmento de veículos pesados, a Volkswagen Caminhões e Ônibus e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) se uniram para criar uma bateria de óxidos de nióbio e grafeno. A tecnologia permitirá o carregamento ultrarrápido, em menos de 10 minutos, além de maior durabilidade e vida útil.
Vale destacar que grande parte das baterias atuais são de lítio, mas já há pesquisas que indicam que a vida útil utilizando o grafeno aumenta em 50%. Além disso, os dispositivos garantem o mesmo armazenamento de energia, com metade do peso.
Baterias de nanodiamante prometem vida útil gigantesca
Para além do grafeno e nióbio, estão sendo desenvolvidas também baterias nucleares, que usam lixo atômico. A responsável pelo projeto é uma startup da Califórnia, a NDB Technology, que utilizou uma tecnologia muito semelhante à usada para produzir eletricidade com energia solar. Mas, ao invés de utilizar as células que captam a luz solar, utiliza a radiação retirada de resíduos nucleares.
O resultado, chamado de bateria de nanodiamante (daí o nome NDC), é a produção de uma bateria de carregamento automática com vida útil de incríveis 28 mil anos. Segundo a startup, o NDB pode alimentar dispositivos e máquinas de qualquer tamanho, desde aeronaves e foguetes a veículos elétricos, aparelhos auditivos, smartphones, sensores e muito mais, tudo sem emissões de carbono. Seus dois primeiros clientes beta são uma empresa líder em produtos e serviços de ciclo de combustível nuclear e uma organização líder global em manufatura aeroespacial, defesa e segurança.