Pesquisa relaciona prédio verde à saúde e ao bem-estar

Fonte: Engenharia Compartilhada / Informativo Massa Cinzenta – Cimento Itambé

Por: Altair Santos

Acesse aqui a matéria em sua fonte.

Apesar de alguns ainda associarem o nome sustentabilidade à preservação do meio ambiente e ao uso racional de recursos naturais, o conceito de sustentabilidade é muito maior em sua origem, abrangendo o conforto, a saúde e o bem estar dos ocupantes de uma edificação (por exemplo), em prol de seu bem-estar e sua produtividade.

Este é, por exemplo, um dos pilares dos programas de certificação de prédios verdes.

Sem estas condições mínimas de trabalho, os seres humanos poderão adoecer ou minimamente, produzir menos e de forma mais dispersa a sua atividade.

Esta relação entre a qualidade do ar interno / de ambientes de trabalho e a saúde / produtividade dos ocupantes destes espaços, já vêm sendo analisada há vários anos por universidades e instituições em vários locais no mundo, incluindo o Brasil, através de grupos de estudo na FAU – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (USP).

Mais recentemente, conhecemos a Certificação WELL, que versa justamente sobre esta relação como base para a certificação de ambientes.

Vejam a seguir esta interessante matéria.

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Estudo interliga construção da edificação com o mobiliário utilizado pelas pessoas que a frequentam, mudando conceitos de obra sustentável

Vinte anos depois de o conceito de prédio verde ser colocado em prática, pesquisa revela que as edificações que tiveram manutenção adequada realmente conseguiram influenciar na qualidade de vida de seus usuários. Coordenado pelo Centro de Harvard para a Saúde e Ambiente Global, da Universidade de Harvard, o estudo selecionou prédios verdes erguidos na Europa, e com idade de construção variando entre 10 anos e 20 anos. Entre as constatações, a pesquisa detectou que a qualidade dos empreendimentos e a conservação de um edifício podem afetar, por exemplo, a cognição de seus frequentadores.

As principais funções cognitivas estão relacionadas com percepção, atenção, memória, linguagem e funções executivas (planejamento, memória, atenção, inibição e autocontrole). “Para sete das nove funções cognitivas testadas, os escores médios diminuíram de acordo com o aumento de níveis de CO2 nos ambientes internos”, diz trecho do estudo da Universidade de Harvard. O levantamento demonstrou que a exposição a poluentes domésticos comuns, tais como dióxido de carbono e de compostos orgânicos voláteis (COV), como os encontrados em tintas e alguns tipos de colas para carpetes, são suficientes para influenciar no desempenho cognitivo.

A pesquisa também fez a relação entre a construção do prédio verde e o mobiliário utilizado pelas pessoas que frequentam a construção. Dependendo dos materiais, eles podem anular os efeitos positivos dos conceitos agregados à obra. “Se um escritório tiver um sofá ou uma cadeira tratada com retardadores de chama, eles podem anular a qualidade da edificação. Trata-se de produtos químicos que estão ligados a problemas de perda de memória ou de fertilidade. O mesmo ocorre com tapetes que podem emitir compostos orgânicos voláteis, o que provoca irritação na garganta ou dor de cabeça”, revela o estudo.

Além do prédio verde

A tese desenvolvida no Centro de Harvard para a Saúde e Ambiente Global mostra que as substâncias químicas desprendidas pelo mobiliário, e que podem impactar na saúde das pessoas, ainda são pouco conhecidos, inclusive pelos fabricantes. Ao mesmo tempo, os pesquisadores descobriram que, em média, ambientes com melhor ventilação fazem dobrar o desempenho dos seus participantes, especialmente em áreas críticas, repletas de computadores. “As empresas que desejam se diferenciar como empregadores devem se concentrar em edifícios mais saudáveis para seus empregados”, alerta o estudo.

Trabalhos como o de Harvard estão prestes a levar o conceito de prédio verde a dar um passo à frente. O estudo se alia a outras pesquisas, como as desenvolvidas pelo International Well Building Institute, com sede nos Estados Unidos, e que criou o primeiro protocolo a se concentrar especificamente sobre a saúde na construção civil. Nele, melhorias tecnológicas são medidas de acordo com o desempenho de sete categorias – ar, água, alimentação, luz, aptidão, conforto e mente. Criou-se, então, o selo Well, que começa a ser agregado pelo Green Building Council, organismo que emite a certificação LEED.

Entrevistados

Centro de Harvard para a Saúde e Ambiente Global, da Universidade de Harvard (via assessoria de imprensa)

International Well Building Institute (via assessoria de imprensa)

Contatos

sustainability@harvard.edu

info@wellcertified.com

media@wellcertified.com

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Pesquisa relaciona prédio verde à saúde e ao bem-estar

Estudo interliga construção da edificação com o mobiliário utilizado pelas pessoas que a frequentam, mudando conceitos de obra sustentávelv

Informativo Massa Cinzenta – Cimento Itambé

Vinte anos depois de o conceito de prédio verde ser colocado em prática, pesquisa revela que as edificações que tiveram manutenção adequada realmente conseguiram influenciar na qualidade de vida de seus usuários. Coordenado pelo Centro de Harvard para a Saúde e Ambiente Global, da Universidade de Harvard, o estudo selecionou prédios verdes erguidos na Europa, e com idade de construção variando entre 10 anos e 20 anos. Entre as constatações, a pesquisa detectou que a qualidade dos empreendimentos e a conservação de um edifício podem afetar, por exemplo, a cognição de seus frequentadores.

As principais funções cognitivas estão relacionadas com percepção, atenção, memória, linguagem e funções executivas (planejamento, memória, atenção, inibição e autocontrole). “Para sete das nove funções cognitivas testadas, os escores médios diminuíram de acordo com o aumento de níveis de CO2 nos ambientes internos”, diz trecho do estudo da Universidade de Harvard. O levantamento demonstrou que a exposição a poluentes domésticos comuns, tais como dióxido de carbono e de compostos orgânicos voláteis (COV), como os encontrados em tintas e alguns tipos de colas para carpetes, são suficientes para influenciar no desempenho cognitivo.

A pesquisa também fez a relação entre a construção do prédio verde e o mobiliário utilizado pelas pessoas que frequentam a construção. Dependendo dos materiais, eles podem anular os efeitos positivos dos conceitos agregados à obra. “Se um escritório tiver um sofá ou uma cadeira tratada com retardadores de chama, eles podem anular a qualidade da edificação. Trata-se de produtos químicos que estão ligados a problemas de perda de memória ou de fertilidade. O mesmo ocorre com tapetes que podem emitir compostos orgânicos voláteis, o que provoca irritação na garganta ou dor de cabeça”, revela o estudo.

 

Além do prédio verde

A tese desenvolvida no Centro de Harvard para a Saúde e Ambiente Global mostra que as substâncias químicas desprendidas pelo mobiliário, e que podem impactar na saúde das pessoas, ainda são pouco conhecidos, inclusive pelos fabricantes. Ao mesmo tempo, os pesquisadores descobriram que, em média, ambientes com melhor ventilação fazem dobrar o desempenho dos seus participantes, especialmente em áreas críticas, repletas de computadores. “As empresas que desejam se diferenciar como empregadores devem se concentrar em edifícios mais saudáveis para seus empregados”, alerta o estudo.

Trabalhos como o de Harvard estão prestes a levar o conceito de prédio verde a dar um passo à frente. O estudo se alia a outras pesquisas, como as desenvolvidas pelo International Well Building Institute, com sede nos Estados Unidos, e que criou o primeiro protocolo a se concentrar especificamente sobre a saúde na construção civil. Nele, melhorias tecnológicas são medidas de acordo com o desempenho de sete categorias – ar, água, alimentação, luz, aptidão, conforto e mente. Criou-se, então, o selo Well, que começa a ser agregado pelo Green Building Council, organismo que emite a certificação LEED.

 

Entrevistados

Centro de Harvard para a Saúde e Ambiente Global, da Universidade de Harvard (via assessoria de imprensa)

International Well Building Institute (via assessoria de imprensa)

 

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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