Fonte: Edifícios e Energia
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Portugal – Em pleno início da União Energética, já com um plano de intenções e ações prioritárias por parte da Comissão, as cidades do Velho Continente querem ver uma maior ênfase nas políticas descentralizadas de energia. Até porque, como enfatiza um comunicado da Eurocities, divulgado na semana passada, apenas uma união energética de cidades inteligentes poderá garantir emprego, prosperidade e sustentabilidade à União Europeia (UE).
No documento, a Eurocities dá o seu parecer à proposta da Comissão Europeia sobre a União Energética, salientando a contribuição do poder local para a sua concretização, mas apela também a sinergias entre as várias políticas da UE. Um dos exemplos apontados foi o encontro de pontos em comum entre a União Energética com a Agenda Urbana.
“As cidades são indispensáveis para uma União Energética que tem os ‘cidadãos no seu núcleo, onde os cidadãos se apropriam da transição energética’”, pode ler-se no comunicado da Eurocities. Nesse âmbito, a entidade lembrou o efeito combinado das políticas públicas em nível local, referindo a integração de mobilidade elétrica, redes e abordagem multimodal; mas também a integração da eficiência dos edifícios e as redes distribuídas de calor e frio.
Com uma atenção especial dada à eficiência energética, a Eurocities afirma que “com o enquadramento certo, as cidades estão melhor colocadas para melhorar a eficiência energética a ambos os níveis [em cada edifício, mas também no nível dos bairros] e para integrar medidas para edifícios e bairros em estratégias energéticas à escala da cidade, que incluem vários setores relevantes”. A rede de cidades europeias reforça que a União Energética deve concentrar esforços no aquecimento e arrefecimento, com um foco claro na eficiência energética e energia renovável.
Abordando ainda a revisão da norma de Eficiência Energética, o comunicado argumenta que “a norma deve dar às cidades espaço para agir dentro do seu contexto local”, facilitando ações como reabilitações energéticas de edifícios ou implementação de redes de distribuição de calor e frio. Ainda na perspectiva da revisão, a Eurocities recomenda que sejam providenciados incentivos para o investimento em soluções sustentáveis e novos esquemas financeiros que facilitem o investimento coletivo.