Sistema de Proteção Contra Incêndio para Data Centers

Fonte: Planservice

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Toda edificação possui um sistema de combate a incêndio. Normalmente composto de extintores e hidrantes e, em grandes áreas, chuveiros automáticos (sprinklers). Hidrantes e sprinklers utilizam água pressurizada para combater um incêndio.

Datacenters são caracterizados por uma alta densidade de equipamentos eletrônicos, composta por servidores, racks, no-breaks, geradores, etc. Para combater um incêndio com o mínimo de dano aos equipamentos é interessante não utilizar água como a primeira etapa de combate, pois os equipamentos são sensíveis à água. Portanto, para minimizar danos em equipamentos atingidos por um foco de incêndio e evitar prejuízos aos não atingidos, utiliza-se o sistema de combate a incêndio por gás.

Este sistema não substitui hidrantes e sprinklers, ele apenas os antecede no combate ao incêndio. Por ter uma detecção mais sensível, é o primeiro a ser acionado. O gás fica armazenado em uma bateria de cilindros, em sala separada da área a ser protegida. Quando o sistema é acionado, o gás passa pelas tubulações e é espalhado pela área através de bicos dispersores. O gás trabalha em nível molecular, rompendo as chamas por reação química, causando um resfriamento que evita que a reação de combustão se sustente. O sistema somente desencadeia a descarga de água pelos sprinklers atingidos por temperatura superior à de acionamento do sistema de gás.

Os equipamentos estão interligados ao sistema de combate a incêndio da edificação e acionam a central de alarmes. E também devem ser interligados ao sistema de ar-condicionado e exaustão, não permitindo a saída de ar do local com foco de incêndio, após seu acionamento, por um determinado período. Isso garante que o gás conseguirá reagir e inibe a entrada de oxigênio, o que aumentaria as chamas.

O gás mais comumente utilizado neste tipo de sistema é o FM-200, por sua capacidade de espalhar-se rapidamente e não deixar resíduos que danifiquem os equipamentos sensíveis ou sujem outras máquinas, elevando os custos com a limpeza das mesmas. Existem outros gases utilizados, como o CO2, o IG-55 e o HFC 227ea. O CO2 somente pode ser utilizado em locais sem permanência de pessoas.

Não há norma brasileira para este sistema, portanto, são adotadas como parâmetros de cálculo as normas americanas (NFPA-2001 – Standard on Clean Agent Fire Extinguishing Systems, ou Norma de Sistema de Proteção contra Incêndio com Agentes Limpos, em tradução livre).

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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