Fonte: Revista INFRA
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Quem não lembra de Karatê Kid – A Hora da Verdade, um filme que conta a história de um jovem lutador (Daniel San) que deseja aprender caratê e para isso convence um experiente mestre (Sr. Miyagi) a lhe dar aulas, que acabam por transformar-se em lições de vida. Na primeira aula, Daniel San lava e poli carros com movimentos circulares das mãos e uma respiração controlada.
Na segunda aula começa a polir o deck da casa do simples Miyagi, novamente com movimentos circulares e respiração controlada. As duas aulas seguintes envolvem tarefas que aparentemente nada têm a ver com artes marciais: pintar a casa, envernizar a extensa cerca etc., sendo que todas com movimento repetitivos para se chegar a perfeição e a agilidade do movimento, onde a vitória também se daria pelo controle, e pela pureza e não pela rudeza. Afinal, se praticar, vai ouvir…
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Em novembro tive a oportunidade de assistir a uma palestra do famoso John Kao (conhecido como “doutor criatividade”), que tinha a missão de explicar para a plateia o que é “inovação”. Segundo ele, “uma porta de entrada para criar o mundo que queremos, inovando as formas de como fazemos as coisas para sairmos da mesmice, das dificuldades”.
No dia, Kao sentou-se ao piano, estrategicamente colocado no palco, e tocou uma mesma música de diferentes formas (simples, envolvente, alegre e emocionante) com o objetivo de mostrar que a partitura de música serve de método de controle para que a música seja orquestrada como foi criada. Entretanto, depende do músico a forma que cada um dá para uma mesma melodia. Ele tocou de várias formas e na última vez emocionou fortemente a todos que o assistiam… Mas onde está a diferença? Na forma, no entusiasmo, no envolvimento, no conhecimento adquirido através da repetição e da prática do uso das instruções da partitura.
O palestrante queria dizer para a plateia, que a inovação nada mais é do que se ter clareza sobre o entender o que as pessoas (os clientes) querem. Ele ainda perguntou: “Quer saber se está inovando? Pergunte a si mesmo: ‘Estamos trazendo mais clientes ou perdendo clientes para outras empresas?’ E a resposta a essa questão é que lhe dirá se você está sendo inovador ou não”. E o mesmo vale para a vida profissional, mesmo porque a inovação não está na tecnologia, mas sim na forma de como fazemos as coisas de forma diferenciada.
O meu objetivo com esses dois exemplos é fazer um link com o que é administrar uma propriedade. Ou seja, não adianta implantar tecnologias prediais, sem praticar o uso contínuo e correto de suas possibilidades. E que o resultado positivo pode estar na prática da repetição (não sem sentido), mas para um aprendizado contínuo das possibilidades, como nos ensinou o Sr. Miyagi. É uma jornada de transformação, de melhorias diárias na forma de como tocamos uma mesma melodia, mas sempre com o objetivo de aprimorá-la aos olhos dos clientes, como John Kao tão bem exemplificou.
Agora, acompanhe os 40 cases que elaboramos para esta primeira edição do ano, que traz gestores que implantaram ações que tornaram estes empreendimentos mais amigável em sua eficiência operacional. É importante frisar que a medida que aumenta o número de edifícios sustentáveis no Brasil, cresce a insegurança por uma gestão que acompanhe o desempenho certificado. Na matéria de abertura dos cases, o leitor poderá conferir as orientações de especialistas sobre como corresponder às expectativas na operação e manutenção destes empreendimentos.
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