Fonte: Portal RTP
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Portugal – Um manual para ajudar os consumidores a escolherem as lâmpadas mais indicadas para uma iluminação eficiente e de qualidade vai ser distribuído por grandes varejistas dos 12 países europeus. Segundo estudo da Universidade de Coimbra (UC), a análise da “qualidade dos vários tipos de lâmpadas disponíveis no mercado, sejam elas fluorescentes ou de LED [light emitting diode], será realizada com o objetivo de transformar o setor de iluminação residencial”.
Trata-se de “ajudar os diferentes atores do mercado de iluminação residencial, que nesta fase se encontra num estado de transição profunda”, sintetiza o pesquisador do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da UC e coordenador do projeto em Portugal, Pedro Esteves.
Os consumidores sabem que precisam ver os lúmen (lm) e não os watts para saberem quanta luz há em uma lâmpada , mas não como reconhecer, por exemplo, uma lâmpada de qualidade, exemplifica o pesquisador da UC, sublinhando que este projeto europeu, denominado “PremiumLight”, pretende responder a estas e outras questões.
“Após a análise e testes de qualidade e eficiência aos vários tipos de lâmpadas recolhidas junto dos fabricantes, de varejistas e lojas especializadas, produzimos um conjunto de informação essencial para orientar o consumidor para a compra de iluminação eficiente e de elevada qualidade”, adianta Pedro Esteves.
O manual, que “começará a ser distribuído por grandes varejistas dos 12 países” envolvidos no estudo, esclarece “efetivamente o que é iluminação de qualidade, quais as suas vantagens (econômica, ambiental e de saúde, por exemplo) e como escolher a lâmpada adequada” às necessidades de cada pessoa e atividades específicas, no interior das habitações, acrescenta Pedro.
“Há uma grande lacuna na informação ao consumidor”, reconhece, exemplificando: “Antigamente, se queríamos mais luz, comprávamos uma com potência maior”, mas “hoje as tecnologias são diferentes e o único termo de comparação entre elas é o lúmen, que nos diz “quanta luz” há em uma lâmpada”.
Sobre as lâmpadas mais eficientes, os investigadores do “PremiumLight” concluem que as diodo emissor de luz (LED) são as que reúnem as melhores características e as únicas com classes de eficiência energética A+ e A++, permitindo economias significativas.
“O custo inicial da lâmpada (10 euros) pode parecer, à primeira vista, muito alto, por algo que estávamos habituados a pagar um ou dois euros”, mas, “a longo prazo, ou seja, até a lâmpada deixar de funcionar, a economia poderá ser superior a 100 euros”, sublinha Pedro Esteves, referindo que este cálculo considera “uma utilização média de mil horas por ano (três horas/dia), a eficiência energética” e que a lâmpada LED dura em média 20 anos.
Financiado em mais de £1.5 milhão pela União Europeia, o projeto, que foi desenvolvido “ao longo dos últimos dois anos”, reuniu um consórcio de 12 países europeus (Portugal, Espanha, França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Áustria, República Checa, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Letónia). Em Portugal, o “PremiumLight” envolveu uma equipe de pesquisadores do ISR de Coimbra.