A importância de um escopo de O&M bem elaborado

Durante a minha vida profissional eu tive o prazer de conviver com uma grande gerente de Facility Management que costumava dizer: ” Nem tudo que está claro para você, está claro para o outro!”

Trata-se, na realidade, de uma frase curta e sábia que deve pautar um contínuo ponto de reflexão no processo de comunicação entre as duas partes envolvidas em uma relação de prestação de serviços. Este mesmo alinhamento de comunicação é de fundamental importância quando falamos de um modelo de contratação de manutenção, pois este fluxo inicial de informações deverá será a base para a/o:

  • Tradução de suas expectativas e necessidades ao fornecedor ou proponentes
  • Dimensionamento adequado de recursos humanos e materiais para melhor atendê-lo em suas expectativas e necessidades
  • Acordo de serviços, no que tange ao acompanhamento e a avaliação da performance do fornecedor e resultados do modelo implementado
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Ainda se observa a baixa importância dada para a volumetria de serviços e ocorrências em um edital de manutenção, o que impedirá uma visualização do proponente em relação a sua realidade na operação. Esta visão míope afetará o dimensionamento de recursos e a definição de estratégias para atendê-lo em suas necessidades, constituindo-se em uma “bomba relógio” armada para detonar durante o contrato.

Observa-se também a subjetividade e/ou falta de clareza no estabelecimento de responsabilidades e limites de atuação, gerando pontos controversos, a má compreensão e, principalmente, o desgaste entre as partes durante a relação.

Por fim, a falta de cumplicidade e apoio mútuo entre as partes conduzirá o contrato para a perda de identidade e desvio de suas metas e objetivos, o que requererá uma contínua participação / atuação tática e estratégica de gestores no processo.

Em outras palavras, o sucesso de uma operação e manutenção se iniciará a partir de um bom e adequado escopo de prestação de serviços e alinhamento de visões e expectativas, assim como dependerá da participação dos responsáveis de ambos os lados.

Neste sentido, lembre-se de:

  • Dedicar parte de seu tempo na discussão e elaboração de um bom edital de concorrência, evitando o reaproveitamento de experiências anteriores ou de terceiros, sem reavaliá-la;
  • Acompanhar a operação e manutenção de forma presencial e a distância (gestão de resultados), assegurando a perfeita e contínua transferência da “visão do cliente”.
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Complexo residencial em NYC está sendo construido considerando o maior projeto geotérmico na região

Uma nova incorporação em construção na cidade de New York (USA) integrou em seu proceto de aquecimento e refrigeração nada mais do que 153 poços geotérmicos com aproximadamente 150 metros de profundidade, transformando-se no maior projeto de sistema geotérmico na região.

Recentemente, divulgamos aqui neste blog a notícia de que NY está em meio a um processo de implementação de uma lei mais rigorosa para as edificações, em busca de uma redução na pegada de carbono em edifícios, haja vista que estes são responsáveis por aproximadamente 32% das emissões.

Segundo o vice-precidente da empresa LCOR, responsável pela construção de um complexo com duas torres residenciais em Coney Island, a equipe passou aproximadamente um ano pesquisando potenciais, vantagens e desafios, uma vez que o empreendimento está sendo erguido muito perto do oceano e, portanto, um fortíssimo candidato ao uso da geotermia.

Espera-se que o empreendimento seja concluído ainda em 2023, e segue abaixo a reportagem em sua íntegra, extraída do site norte-americando “Think Geoenergy”.

Boa leitura!


Residential complex being built atop the largest geothermal project in NYC

Fonte (Source):ENR New York

Por (By): Carlo Cariaga

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unset at Coney Island (source: Ben Sutherland / flickr, Creative Commons)

The largest geothermal system in New York City will provide heating and cooling to a two-tower residential complex in Coney Island.

Developer LCOR is currently constructing a two-tower residential complex in Coney Island that will have its heating and cooling supplied by what will become the largest geothermal system in New York City. A total of 153 geothermal wells, each drilled to a depth of 500 feet, have been integrated into the building’s design.

Although not part of the original plans for the residential complex, the developers chose geothermal as the best technology to make the project sustainable for the long haul.

“We spent the better part of a year and a half investigating the constraints and challenges,” said LCOR Vice President Anthony Tortora. “That this site was so large and was close to the ocean presented itself as a unique candidate for geothermal.” Construction of the complex is expected to be completed through the rest of 2023.

The use of geothermal in the new building will allow for compliance with the city’s new Local Law 97 carbon emission caps on buildings that are larger than 25,000 square feet by 2024. As Tortora mentioned, there are now real financial consequences to designing buildings that will run off natural gas or other carbon-emitting fuels. Although project costs increase through the integration of geothermal systems, it will result in a reduction of more than 60% of the project’s carbon footprint. “We thought it was worth the investment up front,” Tortora shared.

The site will also serve as a showcase for large-scale applications of geothermal heating and cooling. This is a priority area of the Mayor’s Office of Climate and Environmental Justice.

“To advance this work, the city is undertaking a feasibility study to select a potential demonstration project site or set of sites that could benefit from a district geothermal system, connecting multiple buildings with shared infrastructure to maximize the environmental benefit,” a spokesperson of the Mayor shared.

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IBAPE SP lança curso avançado sobre Inspeção Predial, 100% no modo EAD

Considerando que estamos em meio a um processo de revisão e maior detalhamento da ABNT NBR 16747 – INSPEÇÃO PREDIAL: Diretrizes, Conceitos, Terminologias e Procedimentos, com a integração dos diversos comitês de estudo da ABNT, o IBAPE SP – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias do Estado de São Paulo lançou o CURSO AVANÇADO DE INSPEÇÃO PREDIAL, o qual será realizado apenas no modelo EAD, entre os dias 17/10 e 01/11/2022.

Ainda que não se trate de uma auditoria técnica em manutenção, a Inspeção Predial tornou-se uma importante ferramenta para gestores / administradores de empreendimentos comerciais e habitacionais, haja vista tratar-se de uma vistoria multidisciplinar e e que contempla não somente o processo de inspeção sensitiva em campo (apuração do estado de conservação e situação básica operativa de instalações), como também a análise quanto a existência de planos ou programas de manutenção, além da aderência de documentos relacionados a operação do empreendimento aos requisitos normativos / técnicos (ABNT NBR 5674 – Manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de gestão de manutenção.

Trata-se, portanto, de uma visão geral de sua operação, através de uma “lupa” definida e orientada pela ABNR NBR 16747, auxiliando gestores na visualização de falhas em seu processo de manutenção, além do eventual impacto de anomalias construtivas / endógenas sobre tais resultados.

Neste sentido, por se tratar de uma atividade multidisciplinar, o IBAPE-SP reuniu profissionais especialistas em cada uma destas disciplinas, com o objetivo de transmitir não somente conceitos, mas a necessidade de foco e organização durante a atividade de inspeção.

Fonte: IBAPE – SP

Aos interessados, segue o link para que possam obter mais detalhes e realizar a sua inscrição: https://www.ibapespconecta.com.br/loja/conteudo/produtos/1,0,104+Avancado_de_Inspecao_Predial___EAD.html

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Urban overheating risks are personal, study finds

Um estudo conduzido pela Univeridade do Estado do Arizona recentemente concluiu que os riscos à saúde humana associados às condições de extrema umidade e calor em ambientes externos, assim como também em ambientes internos, são, na realidade, influenciados por fatores econômicos, sócio políticos e fisiológicos, podendo ainda variar entre cidades e até mesmo dentro delas.

Em resumo, os pesquisadores afirmam que os danos a saúde provocados em um ser humano exposto a uma alta temperatura variará em função da idade, do potencial de adaptação fisiológica ao calor que é inerente ao indivíduo, além do acesso a sistemas de resfriamento. Por esta razão, afirmam os pesquisadores que seres humanos reagem diferentemente, mesmo quando são conjuntamente submetidos à uma mesma condição de exposição ao calor.

Segue a matéria diretamente em sua fonte.


Urban overheating risks are personal, study finds

Fonte (Source): PHIS ORG

Por (By): American Geophysical Union

Divulgação: ASHRAE

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Credit: Earth`s Future (2022)

Global warming and urbanization are expected to increase heat hazards in cities around the world, but higher temperatures may not always lead to higher health risks, according to a new study in Earth’s Future.

Health risks associated with extreme indoor and outdoor heat and humidity are influenced by physiological, socio-political and economic factors that vary between and within cities, such as physiological adaptation to heat, access to cooling infrastructure and age. The new study finds overheating thresholds around the world are best tuned to a hyperlocal, neighborhood scale defined by changing demographics.

“If we lump everyone together and say everyone is exposed to this one air temperature that we’re recording at the airport, then we’re missing a lot of the actual exposures to heat,” said Jennifer Vanos, study author and biometeorologist at Arizona State University. 

“We can get citywide estimates on what an increase in air temperature might mean for the population, but if we can get finer-scale estimates and start thinking about people’s activity patterns and what they’re exposed to, then we can start to create better solutions that are more specific to that individual or to that sub-population.”

While prior studies have examined urban overheating regionally, the new study recommends combining environmental, behavioral and mobility data locally to better characterize overheating exposure and vulnerability levels.

With hyperlocal data, heat exposure can be tied to vulnerabilities within subcommunities, making heat risk mapping more human-centered, according to the study.

“There are so many integrated feedback loops when a heat wave comes in that we cannot think in a silo anymore,” said Vanos. “It’s not just about air temperature. It’s about all these other interacting factors that are affecting people in very different ways.”

Feeling the heat

Cranking up the air conditioning to maximum comfort levels makes hot outside summer weather feel even hotter. But this isn’t just perception: Continuously cooling indoor spaces limits the body’s ability to adapt physiologically to heat, raising the risk of dangerous health outcomes, the researchers said.

The study recommends people avoid being sedentary in air-conditioned spaces for long periods of time, as this reduces their aerobic fitness and tolerance to heat.

People who live in hot climates are more likely to feel comfortable at higher temperatures, the researchers said. This is for two reasons: climate acclimatization, which occurs when the human body physiologically adapts to a new environment, and thermal comfort, which is how hot or cold an environment feels based on someone’s own perception, experiences and expectations, Vanos said.

“An example of that this summer is in the U.K., there are heat waves of like 35 or 36 degrees Celsius,” said Negin Nazarian, lead study author and urban climatologist at University of New South Wales. 

“On Twitter, people in Australia were sharing that ’35 degrees is just a normal summer day here,’ but what they’re not understanding is 35 degrees for the U.K. is completely different than 35 degrees in Australia because people are used to different background climates, buildings are built differently, and people have different information because they may be less exposed to those events.”

Urban heat-stress inequality

Certain communities may disproportionately experience negative health consequences from extreme heat, such as outdoor workers, people living outdoors, young and old people, and people with underlying health conditions. Heat hazards also pose an increased health risk for ethnic minorities and poor communities who may lack the necessary resources to adapt to their indoor and outdoor environments.

“This has really come to light in the U.S. in terms of historical planning practices,” said Scott Krayenhoff, study author and environmental scientist at the University of Guelph. “White and wealthier neighborhoods often have a lot of trees and greenery, and non-white or lower-income neighborhoods often don’t, so people’s exposure and ability to withstand heat differs geographically with how neighborhoods and cities are built and their capacity to adapt, both at the individual and municipal level.”

In addition to community-based risk factors, the study recommends prioritizing personal heat exposure, since individuals may have unique vulnerabilities.

“What I really like about this study is that it has an approach that considers the individual, not just the community as a whole,” said Susanne Benz, geographer at Dalhousie University who was not involved in the study. “There isn’t one heat threshold that we shouldn’t go above for every person. That heat threshold is different, and we need to be respectful of each other and basically take care of the people who maybe don’t have as high of a threshold because of illness or age.”

Furthermore, the study recommends that urban energy systems, including electrical grids, buildings and cooling mechanisms, can be more equitably designed to improve human health and well-being. For example, the paper offered lower cost, lower energy options to achieve comfortable temperatures indoors such as natural ventilation and fans.

“In an effort to address heat challenges in cities, private property developers can create modern, high-priced buildings that rely on air conditioning and/or have integrated a range of vegetation and water features,” Nazarian said. 

“But we also need to ask, who’s going to be able to afford the price tags and lifestyles that come with these developments? It’s likely not going to be the most vulnerable people. Having that discussion around inequality and access is critical. The question of heat exposure needs to be addressed together with all additional environmental and social inequalities that we face in our cities, which is a big focus for this paper.”

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Nova York dá um passo importante na busca pela redução no consumo de combustíveis fósseis

Recentemente, o jornal City of Albany publicou uma matéria informando já terem sido dados os primeiros passos para a aprovação de uma nova lei regulatória para Nova York, em prol da redução da pegada de carbono em edifícios.

Esta lei se baseia no fato de que os edifícios são responsáveis por 32% de todas as emissões, encorajando a busca por soluções “verdes” em novos projetos.

Vejam a seguir a curta matéria.


New York advances decarbonized buildings law

Fonte (Source): Journal City of Albany

Por (By): Nick Reisman

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City of Albany Journal

New York regulators on Thursday began the first steps toward enacting a measure meant to expand the construction of buildings that have a much lower carbon footprint.

The efforts by the state Public Service Commission are part of an enacting a broader series of provisions to reduce the state’s use of fossil fuels in the coming decades and transition to cleaner and more renewable forms of energy.

“Ahead of Climate Week, New York is taking a bold step to further support the use of clean-energy technology,” Governor Hochul said. “Buildings are the largest source of greenhouse gas emissions in New York State – accounting for 32% of overall emissions – and the Utility Thermal Energy Network and Jobs Act will help significantly reduce climate change emissions and create greener, healthier places to live and work across the Empire State.”

The law is meant to reduce greenhouse gas emissions by encouraging infrastructure projects that connect multiple buildings through the same thermal energy network. That network is meant to provide an energy source that is alternative to burning natural gas for heating and cooling needs.

Utility providers in New York were tasked by regulators to submit up to five proposals for the thermal network pilot program to review. At least one project must be located in a disadvantaged community within each service territory.

The commission is also creating a panel to help the utilities develop pilot project proposals for submission and review.

“The commission has a long-standing history of supporting cost-effective energy efficiency aimed at reducing on-site energy consumption and more recently building electrification,” said Chairman Rory Christian “At the conclusion of this process, customers will have more choices for their heating needs and utilities will have exciting new opportunities aligned with New York’s ambitious climate and energy goals.”

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ABNT NBR 12.229: A inspeção e a manutenção das mangueiras de incêndio

Em uma recente publicação, a Equipe TARGET trouxe um importante tema que transita entre as áreas de segurança e manutenção, em nossos empreendimentos residenciais e comerciais.

Segurança porquê se refere ao sistema de combate a incêndio instalado em edificações dotadas de sistemas de HIDRANTES, sistema este dotado de uma estação central de bombeamento de água até as caixas de hidrantes, onde se poderá observar a existência de mangueiras flexíveis, bicos para a formação dos jatos e chaves “Storz” para a fixação das mangueiras a saída do registro. Também se torna importante destacar aqui a necessidade de uma vistoria periódica de bombeiros civis na instalação, a fim de que se assegure a permanência e a preservação destes itens no interior das caixas de hidrantes, prontas para o uso quando solicitadas.

Manutenção, pois o desempenho deste importante sistema de combate a incêndio demandará por cuidados que englobarão:

  • A manutenção dos conjuntos moto-bomba implantados e de seus respectivos componentes e dispositivos de controle
  • A realização periódica de testes funcionais e/ou performance nestes equipamentos, sendo importante que estes testes sejam sempre acompanhados ou de conhecimento da área de segurança e dos bombeiros civis no empreendimento
  • A manutenção das redes de combate a incêndio e de todos os componentes (tubulações, válvulas de bloqueio, acessórios, identificações visuais, suportes, etc) que as compõem e que, em parte, estão contemplados na ABNT NBR 16.021 – Válvulas e acessórios para hidrante – Requisitos e métodos de ensaio
  • A manutenção das caixas de hidrante incluindo o seu gabinete, fechaduras ou trincos, vidros para a inspeção, registro e válvula (ABNT NBR 13.714 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio e NBR 16.870 – Abrigos para mangueiras de incêndio e acessórios – Requisitos e métodos de ensaio)
  • A manutenção de sinalizações no piso
  • A manutenção de sua mangueira de incêndio conforme preconizado na ABNT NBR 12.779: Mangueira de Incêndio – Inspeção, Manutenção e cuidados

Não haverá como assegurar o desempenho do sistema se todos os componentes que o integram e seus respectivos cuidados, incluindo testes e ensaios periódicos, não forem observados pela equipe local de planejamento, operação e manutenção.

Embora muitas vezes seja esta atividade considerada uma “bola dividida” com a área de segurança, isto não deveria ocorrer em nossas operações, haja vista a clara atribuição da área de manutenção em garantir o seu bom estado de conservação e performance ao longo da vida útil de projeto.

Vejam na sequência a boa matéria divulgada pela Equipe Target em seu site, no que tange as mangueiras de incêndio.


A inspeção e a manutenção das mangueiras de incêndio

Fonte: Equipe Target

Acesse aqui a matéria diretamente em sua fonte.

Qual a aparelhagem necessária para o ensaio hidrostático? Como devem ser feitos os reparos nas mangueiras que apresentem vazamento? Quais são os cuidados de preservação das mangueiras? Como deve ser executado o ensaio de mangueiras especiais? Essas perguntas estão sendo respondidas na NBR 12779 de 01/2009 – Mangueira de incêndio – Inspeção, manutenção e cuidados.

NBR 12779 de 01/2009 – Mangueira de incêndio – Inspeção, manutenção e cuidados fixa os requisitos mínimos exigíveis quanto à inspeção, manutenção e cuidados necessários para manter a mangueira de incêndio aprovada para uso. Aplica-se às mangueiras fabricadas conforme a NBR 11861.

Para o controle e identificação da mangueira, deve ser realizada inspeção a cada seis meses e a manutenção a cada 12 meses de toda a mangueira em uso. Recomenda-se maior frequência de inspeção para as mangueiras tipos 2, 3, 4 e 5 que estejam expostas a condições agressivas, tais como ambiente quente, úmido e ou impregnado de produtos químicos e derivados de petróleo. A edificação ou área de risco não pode ficar sem mangueiras durante o período de inspeção ou manutenção.

A mangueira, após ter sido utilizada em combate de incêndio, deve ser encaminhada para manutenção, a fim de se manterem as condições mínimas exigidas para uso. O serviço de inspeção e manutenção deve ser realizado por empresa capacitada. Toda mangueira deve receber uma identificação individual realizada por empresa capacitada, a partir de sua primeira manutenção.

Esta identificação deve ser feita em local visível no corpo da mangueira próximo à extremidade ou na união, com as seguintes informações mínimas: nome do executante; data do ensaio (mês/ano); validade: 12 meses. O método de marcação não é especificado, mas deve ser prevista boa funcionalidade nas condições de arraste da mangueira, durabilidade mínima de um ano, resistência à água e intempéries, não deslize pelo corpo da mangueira e não dificulte o manuseio da mangueira durante a sua operação.

Como exemplos, podem ser citados a cinta tipo fivela, confeccionada em material plástico; a abraçadeira plástica numerada (tipo lacre); a etiqueta em vinil colada na luva da união; e a etiqueta em vinil (tipo cinta) colada no corpo da mangueira, junto à união. Após a inspeção, devem ser registrados e armazenados todos os parâmetros observados que atestem ou não as condições de integridade física da mangueira.

Após a manutenção, deve ser emitido um relatório que comprove ou não a aprovação da mangueira. Quando realizadas, simultaneamente, a inspeção e a manutenção, pode ser emitido um único relatório aprovando diversas mangueiras, desde que cada uma delas esteja relacionada no relatório.

O relatório deve ter como informações mínimas: identificação, fabricante, diâmetro, comprimento, tipo, inspeção ou manutenção, data de execução, data da próxima inspeção e/ou manutenção, nome e assinatura do responsável pela inspeção e/ou manutenção. No relatório deve constar: Declaramos que as mangueiras abaixo relacionadas foram inspecionadas e/ou manutenidas conforme a NBR 12779 e que obtiveram aprovação ou condenação de acordo com o resultado apresentado. Este relatório deve ser mantido até a próxima inspeção/manutenção.

O usuário deve ser orientado pela empresa capacitada, por meio de informações a serem fornecidas junto com a mangueira, a manter os registros de inspeção e o último relatório de manutenção como documentos comprobatórios de aprovação da mangueira para uso em combate a incêndio. A empresa capacitada deve fornecer ao usuário instruções que contenham os cuidados de preservação, conforme o Anexo A.

Deve-se realizar a inspeção visual e dimensional na mangueira verificando: a identificação na mangueira (fabricante, norma e tipo); o relatório de ensaio da mangueira e respectiva validade; o acoplamento das uniões (os flanges de engate devem girar livremente); o anel de vedação de borracha, interno à luva da união, nos engates das uniões e adaptadores; o comprimento da luva da união, conforme especificado nessa norma no item C.2. Recomenda-se que também seja verificada a dificuldade de acoplamento das uniões com o hidrante e com o esguicho da respectiva caixa/abrigo de mangueira.

É permitido utilizar a chave de mangueira para efetuar o acoplamento. Esta verificação pode ser feita pelo usuário. Como resultado da inspeção e disposição, se não houver a identificação de fabricante, norma e tipo, não se deve emitir o relatório.

Se houver a identificação de fabricante, norma e tipo, os seguintes resultados e disposições são possíveis: se a mangueira for tipo 1 em instalação comercial ou industrial, no relatório deve constar: A mangueira tipo 1 não é indicada para uso comercial ou industrial; a sua utilização nestes locais está em desacordo com a recomendação normativa. No caso de um acidente ou sinistro, o responsável ou proprietário está sujeito a responsabilidade civil e criminal, além de eventual problema de ressarcimento do seguro. Recomenda-se a sua substituição por no mínimo mangueira tipo 2.

Na inexistência de relatório ou validade vencida, deve-se encaminhar para manutenção. Se houver dificuldade para acoplamento das uniões, encaminhar para manutenção e na ausência de anel de vedação nos engates das uniões ou vedação que apresente ressecamento, fendilhamento ou corte, deve-se encaminhar para a manutenção.

Para a mangueira tipo 2 a 5, empatada com união de luva curta, no relatório deve constar: A união luva curta (luva de empatamento menor que 40 mm) não é indicada para uso comercial ou industrial. A sua utilização nestes locais está em desacordo com a recomendação normativa. No caso de um acidente ou sinistro, o responsável ou proprietário está sujeito a responsabilidade civil e criminal, além de eventual problema de ressarcimento do seguro. Recomenda-se a sua substituição por união adequada conforme a NBR 14349.

As mangueiras que apresentem vazamento nas proximidades das uniões podem ser reparadas. Se reparadas, deve ser utilizada a prática usual de corte e reempatação, desde que sejam observadas as condições previstas nessa norma no item empatação, descrita abaixo.

As uniões que apresentem deformações no engate, soltura do flange de engate em relação à luva de empatamento ou vazamento em partes metálicas devem ser substituídas por novas, desde que observadas as condições previstas em empatação, descrita abaixo. Caso ocorra vazamento pela vedação frontal de borracha (gaxeta), deve-se substituí-la por peça original.

No caso da reempatação, a mangueira, após manutenção que obrigue redução em seu comprimento, somente deve retornar para uso caso a redução seja de no máximo 3% de seu comprimento nominal. A união deve ser substituída por uma nova, conforme NBR 14349.

No caso de a união ter sido produzida segundo normas estrangeiras, a sua substituição deve ser feita por outra segundo o mesmo padrão. Na reempatação, a substituição da união é necessária devido à deformação da luva quando da empatação original. Antes da reempatação convém que seja analisado o estado da mangueira. Há risco de ocorrerem furos ou rompimento durante o ensaio hidrostático, sendo conveniente se comunicar ao usuário sobre este risco.

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O mundo caminha para a obrigatoriedade em projetos sustentáveis e de baixa emissão…., e o Brasil…

A Austrália recentemente divulgou que novas edificações residenciais ou renovações / reformas com valores acima de AUS$ 50.000 terão de atingir as metas estabelecidas pelo programa de eficiência 7-Star Energy Efficiency, já a partir de outubro do próximo ano, para o estado de NSW.

O informativo ainda ressalta que grandes empreendimentos comerciais terão de apresentar projetos que atinjam a condição “net-zero”, comprovando que tais novas edificações assegurem 100% de uso de energias consideradas como renováveis a partir de 2035, caso desejem o “sinal verde” para a continuidade do projeto.

Trata-se de mais um pais que estabelece metas importantes para a natureza e preservação do meio ambiente a serem seguidas em novos projetos, a exemplo de outras comunidades no velho continente. Além de metas, alguns países têm possibilitado incentivos para novos projetos, levando a sério o processo de fiscalização e controle que deverá ser ampliado nos próximos anos.

A reportagem abaixo apresentada pelo “The Sidney Morning Herald” e assinada por Natassia Chrysanthos tras esta importante preocupação na região da Oceania.

Ao olharmos para o “nosso quintal”, me questiono sobre a ausência de incentivos para as áreas de fabricação, projetos e construção, sejam estes através de benefícios tarifários (redução de impostos que tornem mais acessíveis tais tecnologias) ou mesmo fiscais para os proprietários e investidores, tornando tais soluções mais “palatáveis” em seu CAPEX.

Paralelamente, ainda nos deparamos com o baixo contingente e a falta de capacitação de nossos organismos de fiscalização, incluindo a sua completa omissão sobre a identificação e penalização de descumpridores de leis e normas, tal como ocorre em relação ao PMOC para o setor de AVAC-R.

Segue abaixo a matéria divulgada pelo “The Sidney Morning Herald que está em inglês, para aqueles que desejem conhecê-la.

Tougher energy efficiency rules set for new homes and renovations

Fonte (Source): The Sidney Morning Herald

Por (By): Natassia Chrysanthos

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New homes and renovations costing more than $50,000 will have to meet a 7-star energy efficiency rating from October next year in NSW under upgraded rules that will force developers to play their part in driving down the state’s emissions.

Large commercial developments, as well as big state projects, will also have to submit a “net-zero statement” that shows their buildings are either all-electric or can fully convert to renewable energy by 2035 if they want a green light to proceed.

All new homes and renovations over $50,000 will have to meet higher energy efficiency standards from next October.CREDIT:PAUL ROVERE

NSW Treasurer Matt Kean and Planning Minister Anthony Roberts will announce the measures on Monday as they unveil the NSW government’s latest sustainable housing state environmental planning policy (SEPP), which has been under scrutiny since the ambitious policy framework of former planning minister Rob Stokes was scrapped earlier this year.

New homes and renovations will have to reach a 7-star rating on the Building Sustainability Index, as opposed to the current minimum of 5.5, which could mean adding solar panels to household roofs, increasing insulation or converting gas hot water systems to a heat pump system. It is the third increase to the standard since it was introduced in 2004.

The government will also start tracking greenhouse gas emissions in residential building materials, by requiring that people calculate and report the carbon contained in the construction material they use. It will develop an online calculator service and its findings will be used to inform future policy.

Roberts, who returned to the planning role at the end of last year, said the measures would play a key role in helping NSW reach zero emissions by 2050.

“We need to ensure the places we live, work and stay in are more comfortable – all while we save people money on their power bills and contribute to our net-zero target,” he said.

NSW Treasurer Matt Kean said the new standards would drive “more energy-efficient homes from Bondi to Broken Hill and beyond, with better design, better insulation and more sunlight”.

He said people living in new high-rise apartments in suburban Sydney would save up to $150 each year, while power bills for new homeowners in western Sydney would be reduced by $720 each year. That saving could reach $970 in regional NSW.

Kean said the requirements for new commercial developments, such as hotels and offices, would ultimately reduce their operating costs, while the reporting requirements for building materials could “inform future benchmarks and ensure NSW keeps pace with the national trajectory for low-energy buildings”.

Sustainability measures for new builds were contained in an earlier draft Design and Place SEPP, led by Stokes, which was intended to be a wide-ranging design and sustainability blueprint guiding development in the post-COVID world.

But Roberts controversially ditched the framework earlier this year, saying it was too complicated, costly and placed a regulatory burden on developers.

His move in April to scrap the policy – which had featured design requirements such as green spaces and bicycle amenities in new developments – was criticised by architect and environmental groups but welcomed by developer groups and the property council.

Roberts told the Herald that the new measures to be announced on Monday would strengthen the sustainability and environmental aspects of Stokes’ original Design and Place SEPP.

However, the design elements will remain shelved and left to the discretion of developers.

“As the Minister for Planning and Minister for Homes, I remain committed in achieving our emissions targets in response to climate change,” Roberts said. “I didn’t shy away from removing elements that would have made housing even more unaffordable for people across NSW.”

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O edifício “krill”

Para aqueles que nunca ouviram falar sobre o “krill”, ele é o nome coletivo dado a um conjunto de espécies de animais invertebrados e muito semelhantes ao camarão.

Fonte: Wikipédia

Segundo ainda a Wikipédia, estes pequenos crustáceos são extremamente importantes organismos do zooplâncton, especialmente porque servem de alimento a baleias e outros mamíferos aquáticos, além de peixes e outras espécies. Na realidade, estas pequenas criaturas ocupam o que se pode chamar de “fundo” da cadeia alimentar.

No entanto, alguns pesquisadores de Harvard têm estudado uma interessante característica destes pequenos seres, no que tange a sua capacidade natural de controlar o efeito do sol em sua pele, através de minúsculos pigmentos que alteram a sua cor (para o alaranjado), assim que percebem a incidência dos raios solares. Este interesse dos pesquisadores se deve ao fato de que nos EUA, por exemplo, 40% de toda a emissão de gases causadores do efeito estufa se originam a partir do uso de sistemas prediais em edifícios, como o aquecimento, a climatização e sistemas de iluminação.

Adiciona-se a esta preocupação a vital influência de fachadas nestes edifícios sobre tais desempenhos destes sistemas, razão pela qual os modelos de certificação de edifícios sustentáveis têm se atido a este cuidado, através de pontos específicos em suas respectivas normas.

Os pesquisadores acreditam ser possível aprender com a evolução natural destes pequenos seres vivos, desenvolvendo uma tecnologia que complemente os nossos modelos construtivos de fachadas, reduzindo substancialmente o impacto dos raios solares e, consequentemente, da sobrecarga exercida sobre os sistemas prediais e a geração de gases que promovem o efeito estufa.

O artigo está em inglês, mas é muito interessante ao narrar, ainda que de forma sucinta, a tese desenvolvida por este grupo de pesquisadores em Harvard. A matéria foi publicada pela BLOOMBERG – US EDITION e recentemente compartilhada pela ASHRAE em seus jornais periódicos.

Recomendo a sua leitura não somente aos apaixonados por projetos sustentáveis, como também àqueles que buscam por atualizações em relação as novas tecnologias da construção.


Navigator: The Krill Building

Fonte (Source): Bloomberg – US Edition

Por (By): Sarah Holder

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Thanks, krill! Photographer: Daniel Leal/AFP via Getty Images

Welcome to today’s edition of Navigator, CityLab’s biweekly Saturday newsletter.

You may know krill for their role as whale food. Most stories about these teeny shrimp-like crustaceans are told from the perspective of their many predators; they live near the bottom of the ocean food chain and get devoured in huge numbers by fish, seabirds and marine mammals. (A blue whale can inhale 16 tons of the microscopic decapods daily.) But krill are complex creatures in their own right. And they may have a lot to teach us about how to make buildings more energy-efficient.

In a recent paper published in Nature, a group of University of Toronto researchers propose adapting an HVAC technique from Antarctic krill, which use pigments stored in their skin to protect themselves from the sun. They’re developing a product that could do something similar for building facades. In the US, 40% of all greenhouse gas emissions come from buildings and their associated heating, cooling and lighting systems. 

“If we could learn from biological organisms that keep their ‘indoor environments’ comfortable much, much more efficiently using techniques that they’ve evolutionarily developed over millions of years, maybe we could make our built infrastructure at least a fraction as efficient,” says Raphael Kay, the lead author on the paper and now a research fellow at Harvard’s school of engineering. 

Krill store sacs of pigment in their skin that allow them to instantly change color from white to orange, acting like highly responsive curtains. “When they sense that the sunlight level is too high,” says Kay, “they will send a signal from the brain to these tiny little dots of pigment, saying, ‘Un-clump yourself,’ basically.”

Credit: Nature Communications

Kay and his team want to apply this principle to buildings by making windows filled with two types of fluid: one that absorbs sunlight, and another that allows it pass through. 

“When the window doesn’t have any pigments in it, it looks like a regular window,” Kay says, “except secretly there’s a layer of fluid in it that lets sunlight come in.” To block sunlight, pigmented fluid is injected through tubes, dispersing through the skin of a skyscraper and allowing the building to keep cool, krill-style. The authors speculate that such a system could be cheaper and more efficient than current “active shading” methods being developed for green buildings.

Looking to the nature for engineering inspiration is as old as technology itself, but such biomimetic design is particularly hot right now — architects are borrowing from trees, termite mounds and polar bears in search of better ways to build. I personally am excited about looking up to see a ton of apartment buildings with windows oozing like a lava lamp. (Kay says there’s the potential to introduce different colors at different times of day, to link up to our circadian rhythms.)

But even more exciting to the researchers are the environmental implications of having digitally controlled, finely tuned solar shades that cost very little to install. In their models, they say energy consumption was reduced by more than 30%.

Thanks, krill!

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7o Workshop de Comissionamento de Instalações tem a sua grade divulgada e inscrições abertas

ABRAVA e seu DN- Comissionamento divulgam a grade e as condições de participação no 7o Workshop de comissionamento de instalações a ser realizado de forma híbrida (presencial em BH e online) no próximo 18/10 e totalmente gratuito

Aos interessados, segue o link para a inscrição e a grade divulgada:

Fonte: ABRAVA

Importante ressaltar que o evento será realizado no formato HÍBRIDO e 100% gratuito, com inscrições já liberadas no link acima.

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O futuro de nosso trabalho está em “movimentação” e mudando…

Esta pequena matéria que abordou um dos temas apresentados na CSIA (Control System Integrators Association) Executive Conference realizada em Junho na cidade de Denver – Colorado trouxe não somente a visão de que a Pandemia alterou a forma como enxergamos os nossos locais de trabalho e a discussão sobre a real necessidade de nos mantermos 100% nos escritórios, como também trouxe aspectos interessantes, como a importância de se aculturar jovens valores em nossas corporações (missão, valores, contatos / networking e transferência de experiências), antes de “soltá-los” para um trabalho home-office.

A matéria está em inglês, mas é curta e interessante, principalmente por tratar-se de uma apresentação feita por profissionais que atuam no sistema de integração e automação.

Segue o link da matéria.

Courtesy: Chris Vavra, CFE Media and Technology

Fonte: Control Engineering

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