Qual o tamanho e melhor composição para a minha equipe?

Acredito que muitos profissionais que atuam na manutenção já tenham, em algum momento, se perguntado a respeito…

Mas como esta resposta deveria ser obtida? Como ter a certeza de que a minha equipe está bem dimensionada?

Pois bem, vamos falar hoje um pouco sobre estes cuidados e dicas que poderão ajudá-los a entender o processo, para mantê-los mais tranquilos.

Primeiramente, antes de avançarmos sobre a questão do dimensionamento de recursos humanos para a prestação de um determinado serviço ou atividade, precisaremos conhecer em detalhes de quais atividades estamos falando…

Precisaremos relacionar neste primeiro momento:

  • Quais atividades serão desenvolvidas pela equipe?
  • Quais as habilitações mínimas serão necessárias (formação profissional e especialidade)?
  • Qual a frequência com a qual estas atividades serão executados (diariamente, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente, etc..)
  • Quais os tempos estimados* para a sua execução?

* Importante ressaltar que o resultado de seu dimensionamento dependerá da qualidade desta informação, sendo necessário que obtenha os tempos de execuções a partir de referências confiáveis ou através de levantamentos mais precisos (tempos e métodos)

Estas informações lhes darão a base principal para que possam checar o adequado dimensionamento, embora ainda sejam necessários alguns cuidados, tais como:

  • A jornada de trabalho de cada um dos profissionais relacionados para a execução das tarefas acima
  • A disponibilidade de dias e horários na semana para que tais atividades sejam desempenhadas. Neste caso, vejam por exemplo o caso de um shopping center, onde não se deve realizar atividades de manutenção preventiva em diversos tipos de equipamentos e sistemas durante o período de funcionamento, normalmente definido entre 10:00 HS e 23:00 HS ou 00:00 HS
  • Volumetrias históricas e presencialmente o uso de tempos registrado em sistemas informatizado de gestão
  • O fator de produtividade a ser adotado para estes profissionais, sendo igualmente importante que se considere um fator adequado para a nossa realidade. Vejam também que o Brasil não é um pais que detém um bom “ranking” para o fator produtividade, segundo os institutos responsáveis por esta apuração…

Enfim, estes serão os principais ingredientes para que possam avaliar as suas estruturas de operação e manutenção.

Para finalizar, alguns profissionais perguntam se não se pode utilizar neste caso parâmetros ou referências por unidade (metros quadrados, quantidade de equipamentos, etc) para um dimensionamento mais rápido…

Embora se conseguem ouvir sobre o dimensionamento de equipes de limpeza por fator de produtividade do profissional “limpador” (metros quadrados limpos por profissional), torna-se importante conhecer qual a origem e base de obtenção de tais “indicadores” , antes de simplesmente aplica-lós.

Um processo de limpeza certamente será diferente em áreas críticas ou complexas, em relação a áreas de fácil acesso ou que permitam o uso de maquinário, gerando resultados de “produtividade” diferenciados.

Por esta razão, ainda que nos demande por um trabalho maior, sempre prefiro o dimensionamento técnico por atividades, dentro de uma estratégia de planejamento, conforme relacionado acima.

Boa “diversão” em seu planejamento!!

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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