Fonte: Correio Popular
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Os empreendedores da Região Metropolitana de Campinas (RMC) investem cada vez mais em projetos que possam garantir sustentabilidade e eficiência energética às suas empresas. Só no primeiro semestre de 2018, a Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) financiou R$ 1 milhão em projetos verdes. O setor de serviços respondeu por 57% deles. O restante, 43%, é para a indústria.
O resultado é expressivo. Para se ter uma ideia, no mesmo período do ano passado não houve financiamentos de projetos com essa finalidade.
Desde 2009, a agência desembolsou cerca de R$ 6,8 milhões para iniciativas sustentáveis, apenas na RMC. Em todo o Estado, o valor chega a R$ 219 milhões.
“São Paulo importa de outros estados a maior parte da energia elétrica que consome. Nosso objetivo, alinhado com as políticas de desenvolvimento do governo estadual, é auxiliar na diminuição dessa dependência, incentivando as empresas paulistas a investirem na geração da própria energia, tornando-as mais eficientes e competitivas”, disse Álvaro Sedlacek, presidente do órgão.
Para incentivar a chamada economia verde, a agência oferece opções de crédito com condições especiais para as pequenas e médias empresas, as chamadas PMEs, com taxas de juros reduzidas e carência de prazos prolongados para quitação.
Podem obter financiamentos para a compra e instalação de equipamentos para produção de energia renovável (como placas solares, aerogeradores e pequenas centrais hidrelétricas), bem como projetos voltados à redução de perdas de energia elétrica, sistemas de recuperação de calor e isolamento de tubulações, entre outros.
Energia Solar
Segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), disponibilizadas pela Desenvolve SP, o mercado de energia solar deve movimentar, até 2030, cerca de R$ 125 bilhões. É um campo promissor. A produção de energia limpa está na pauta dos empreendedores.
Quem já usa a energia solar, como fonte de eletricidade para seu empreendimento, é a contadora Solange de Brito, sócia da Idaplast, empresa que atua na produção de laminados plásticos em Hortolândia. O valor da conta de luz despencou. “Eu precisava aumentar a produção de energia, e com o financiamento consegui instalar mais 56 placas fotovoltaicas. Já tenho 252. Se eu pagava R$ 6.000,00 antes na conta de luz, agora chego a pagar R$ 900”, explica. A empresa fundada em 1989, ocupa uma planta com três mil metros quadrados no bairro Chácaras Coelho, num moderno parque fabril.