A síndrome do “massacre da serra elétrica…”

É realmente curioso que grande parte da geração hoje em atuação no mercado de gestão e manutenção não deixe de ter ao menos ouvido falar sobre thrillers de terror como “sexta-feira 13”, “o massacre da serra elétrica”, entre tantos outros…

Não é difícil entender o por que, uma vez que a internet e as TVs pagas continuam a mostrar vários destes filmes com certa frequencia.

No entanto, escrevo este post não com a intenção de abordar tais “obras”, mas sim, a aparente síndrome deixada por elas….

Me refiro especificamente a tendência de “ceifarmos” rapidamente os supostos problemas ou motivos de nossa frente, como se isto as vezes resolvesse tais situações…

Vejam que amarguramos há algum tempo uma crise econômica que invadiu as nossas operações, cortando ou postergando (sem nenhuma luz no fim do túnel) investimentos, assim como, em muitos casos, exigindo reduções imediatas (!!).

Normalmente (nas reduções imediatas!!), este será um momento em que muitos “reviverão” a figura de um “Jason” ou de um “Mike Myers”, “eliminando” pessoas que julguem como excedente em seus quadros…

Entretanto, assim como nos filmes (sexta-feira 13 partes 1, 2, 3, 4….1000), o vilão volta a aparecer, torturando os demais integrantes daquele cenário, fato este que também ocorre em nossas operações. Particularmente, considero este período como o mais perigoso, pois quase sempre enfrentamos uma retração absurda, comandada pelo pavor… É neste momento onde se exercita com maior frequencia a “GESTÃO MÍOPE”, ou seja, aquela que não enxerga com clareza!

Muitas vezes, o simples ato de reduzir quadros não significará a redução de custos no médio ou longo prazo, assim como necessariamente não significará a “manutenção” ou mesmo melhora nos índices de qualidade.

É preciso que se analise com CRITÉRIO o momento e a sua operação, identificando os pontos que o incomodam ou que afetam a sua corporação e reavaliando a melhor forma de combatê-los, seja através de uma mudança de processos, de uma reestruturação ou reengenharia, ou até mesmo através de algum pequeno investimento que se transforme em resultado positivo no médio e longo prazo.

Diziam “os antigos”, como se referia um amigo meu, que é na crise que se deve aproveitar para se reestruturar e se preparar para voltar a crescer!!!

Enfim, iniciamos o ano de 2017, um ano de recuperação, sendo importante que repensem os seus problemas e os seus resultados…

Deixo aqui para vocês algumas perguntas para uma simples reflexão e análise…

  • Existem métricas em sua organização?
  • Existem sistemas informatizados de gestão, incluindo painéis de controles e resultados (dashboards)?
  • Existe um mapeamento de seus problemas, suas causas e efeitos?
  • Existem análises de volumes (volumetria) e tendências?
  • Existem controles efetivos de manutenção, assim como análises qualitativas?
  • Existem mapeamentos de atividades dentro de sua estrutura?
  • Trabalha-se a Gestão do Conhecimento?
  • Existem estudos sobre a produtividade de colaboradores e departamentos?
  • Existem metas claras, principalmente que detalhem algum plano de melhoria e crescimento?

Um Feliz 2017!!!

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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