Já há vários anos, durante um seminário em SP, ouvi de profissionais do setor de refrigeração e ar condicionado uma colocação enfática quanto a necessidade de se cobrar a simulação energética em projetos de ar condicionado, como item obrigatório.
De fato, quando, quando contratamos projetos em geral, nenhuma ferramenta computacional avalia a eficiência de tal projeto, o que nos impossibilita ter a visão sobre como o novo sistema se comportará no futuro.
Embora isto pareça bastante lógico (e de fato é…) não temos esta cultura no Brasil e não temos esta atitude por parte dos projetistas em geral. Vê-se um pouco mais desta aplicação no Brasil em função de novos projetos que buscam por certificações internacionais, como o LEED como exemplo.
Da mesma forma, vê-se uma outra falta de preocupação por parte de projetistas, no que se refere ao acompanhamento da execução de seus projetos no campo e da aparente “isenção” de sua responsabilidade após o período da criação.
É fato que a execução da obra é sem sombra dúvidas um fator crítico para o futuro desempenho da nova instalação (nível de mão de obra, falta de controle em alguns materiais, falta de controle de qualidade e má gestão), o que no entanto, não impede que sistemas não desempenhem o esperado por falhas no próprio projeto.
Enfim, vejo como muito importante a mudança em relação aos dois pontos acima (uso obrigatório de ferramentas de simulação em projetos e a não isenção de responsabilidade de projetistas durante a fase de contratação e execução da obra, até a sua conclusão).