G-7 apoia descarbonizar a economia global até 2050

Fonte: Valor Online

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Os líderes de sete dos países mais ricos do mundo, reunidos no chamado G-7, decidiram apoiar a descarbonização da economia global neste século. Pela primeira vez eles adotaram em discurso político o que foi recomendado pelos cientistas climáticos: cortar as emissões de gases estufa entre 40% e 70% em 2050 em relação aos níveis de 2010. Fizeram, no entanto, a ressalva que apoiam “dividir” a meta com “todos os países” que negociam o acordo climático sob o guarda-chuva da UNFCCC, a convenção do clima das Nações Unidas.

Em Paris, em dezembro, espera-se que seja assinado um acordo climático global, que leve à redução das emissões de gases-estufa. Os líderes do G-7, reunidos num castelo na Alemanha, concordaram em fazer esforços para conter o aumento da temperatura abaixo dos 2°C até o fim do século. E voltaram a propor US$ 100 bilhões ao ano, em 2020, para ações que favoreçam a redução das emissões e adaptação – compromisso assumido em 2009, em Copenhague e, até agora, não cumprido. Os líderes disseram claramente que os recursos devem vir de fontes públicas e privadas, incluindo agências multilaterais de desenvolvimento. As medidas foram aplaudidas por ambientalistas. “Hoje, pela primeira vez, os líderes do G-7 se alinharam em torno a uma meta de longo prazo para descarbonizar a economia global”, disse Jennifer Morgan, diretora do programa global de clima do WRI, um think-tank americano. “Essa meta vai sinalizar às empresas e aos mercados que os investimentos mais lucrativos resultarão de tecnologias de baixo carbono e deve ser também um elemento-chave de um acordo climático ambicioso”. “A visão de um futuro 100% de energia renovável começa a tomar forma ao se colocar um prazo para o fim do carbono”, disse Martin Kaiser, chefe de política de clima da ONG Greenpeace. Segundo ele, a premiê alemã, Angela Merkel, e o presidente americano, Barack Obama, foram bem sucedidos em “não deixar que Canadá e o Japão continuassem a bloquear avanços no combate à mudança do clima.” Merkel, que tem priorizado o tema da mudança do clima, queria uma declaração mais forte em metas e em finanças. Estava alinhada com os líderes da França, do Reino Unido e da Itália. “Há alguns dias ela disse que os países ricos estão contribuindo com US$ 30 bilhões dos US$ 100 bilhões”, disse Mark Lutes, especialista em finanças climáticas da ONG WWF Internacional. Merkel anunciou que a Alemanha dobraria a sua contribuição, para US$ 4 bilhões, e que poderia alavancar mais US$ 6 bilhões. “Esta foi a melhor notícia que ouvimos nos últimos tempos”, diz Lutes. Tim Gore, líder da ONG Oxfam para política de mudança climática, lembrou que os líderes do G-7 são vagos em relação à promessa dos US$ 100 bilhões até 2020 em ajuda internacional. “Eles falharam em se comprometer a aumentar os fundos públicos, que são um alicerce fundamental para o sucesso do acordo de Paris.

Os países em desenvolvimento precisam de um roteiro financeiro crível, não um conjunto de truques contábeis.” E completou: “Até agora os países ricos ofereceram só 2% do que os países pobres precisam para se adaptarem”.

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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