A construção civil tem expectativas baixas

Fonte: O Estado de São Paulo

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Os resultados de novembro serão piores que os de outubro, acreditam os empresários da construção civil ouvidos na Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). E “o quadro é ruim para os próximos meses”, disse o economista Marcelo Azevedo, da CNI. É uma mudança relevante, pois o otimismo sempre marcou a construção civil, mesmo em conjunturas difíceis.

O indicador do nível de atividade previsto para este mês é de 47,7 pontos, inferior aos 50 pontos que separam o patamar negativo do patamar positivo. A CNI trata como irrelevante a melhora em relação a outubro, com 47,3 pontos. Acentuou-se a preocupação com novos empreendimentos e serviços (de 47,4 pontos para 46,4 pontos), bem como as compras de insumos e matérias-primas, de 46,5 pontos para 46,2 pontos. Afinal, agravou-se a situação do emprego no setor: num só mês o item número de empregados saiu de 46,8 pontos para 46 pontos.

A comparação das expectativas gerais entre novembro de 2013 e novembro de 2014 também piorou muito, de 56,5 pontos para 47,7 pontos (-15,5%). E, na comparação entre os meses de outubro de 2013 e de 2014, foram registradas quedas de nível de utilização da capacidade (de 71 pontos para 67 pontos), nível de atividade (49 para 42,7 pontos), atividade em relação à usual (de 45 para 40,2 pontos) e número de empregados (de 48 para 43 pontos).

A indústria da construção tem um peso importante, de cerca de 40%, na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), ou seja, na taxa de investimento do País. E esta caiu fortemente, de 18,4% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2013, para menos de 17% do PIB, estimam até economistas ligados ao governo.

Com o ambiente desfavorável aos investimentos em obras governamentais, em razão da fragilidade fiscal, e em estatais, caso da Petrobrás, é certo que a atividade de grandes empresas de construção será afetada, no curto prazo.

O problema é que até as pequenas companhias de construção, que alimentavam maior otimismo, estão agora no campo pessimista. O indicador de nível de atividade das pequenas empresas, por exemplo, caiu de 57,7 pontos, em novembro de 2013, para 46,9 pontos, neste mês, indicando que nem obras municipais nem o programa de habitação popular, sempre presente nas peças de propaganda oficial, têm comportamento satisfatório.

Sobre Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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