É curioso (e ao mesmo tempo triste…), mas esta situação de “garimpo” para atrair trabalhos e estudos de casos para a apresentação em congressos e seminários se repete ano após ano…
Vejam que tanto a ABRAFAC quanto a ASBRAV vêm prorrogando há alguns dias os seus prazos de inscrição dos trabalhos, na expectativa de que o número de inscritos aumente.
Mas por que será que isto ocorre?
Falta de tempo?
Desinteresse por congressos e seminários?
Qual será o motivo desta falta de procura, uma vez que os congressos continuam sendo procurados e bem frequentados…
Em minha opinião pessoal, ainda acho que existe um pouco de cada um dos itens acima, pois nos falta tempo e não temos por exemplo, a cultura norte-americana ou européia de compartilhamento de experiências, apesar de sermos reconhecidamente um país de oportunidades e empreendedorismo.
Sobre a nossa capacidade em criar, basta observar que as equipes brasileiras de empresas como C&W, Hines e Tishman Speyer já ganharam prêmios fora do Brasil com trabalhos inovadores e/ou tecnicamente atraentes, executados por profissionais brasileiros.
É realmente uma pena esta necessidade de “garimpo”, pois gostaria muito de ver os congressos aqui no Brasil, em um mesmo nível dos que presenciamos lá fora, onde certamente vemos a apresentação de vários estudos de caso, o que enriquece e muito os eventos e acaba por contribuir para o setor.
Aos ainda interessados, não deixem de inscrever os seus trabalhos, pois a ABRAFAC encerra as inscrições neste final de semana e a ASBRAV também (até 15/06).
Acessem aqui os links para a inscrição:
Prêmio ABRAFAC ou Congresso MERCOFRIO
Alexandre,
Internamente (nas corporações) verifico uma queda na formação de gestores. Infelizmente está se colocando técnicos em posições de gestão sem o devido investimento e preparação desse para assumir essa posição estratégica.
Faço um paralelo com a crise na educação, onde existem muitos professores técnicos e a nova educação pede professores gestores (inovadores).
Precisamos de mais Ramicellis nas empresas.
Bom dia Paulo e obrigado por seu comentário.
Compartilho integralmente com a sua visão e já cheguei a postar as minhas opiniões e considerações aqui no blog.
Aparentemente não há a preocupação de gestores com os resultados em curto prazo, uma vez que o fator custos tem “falado” mais alto em algumas decisões. Com isto, profissionais ainda sem o devido preparo têm sido lançados ao mercado, aprendendo no dia a dia…
É como no tênis…onde vc pode aprender a jogar sozinho, apenas comprando a sua raquete, mas sujeito aos erros de técnica e também às lesões….ou aprender com o apoio de um profissional e ter técnica, o que lhe ajudará à progredir.
Quanto ao exemplo do Ramicelli, concordo em gênero, número e grau com a sua frase e, se observar, o excelente profissional (Marcelo Ramicelli) que é, foi fruto de uma escola proporcionada por outro extraordinário profissional, o Ulisses Miziara.
Precisamos de mais investimentos na capacitação de profissionais, assim como do cuidado durante a sua inserção em nosso mercado.
Obrigado mais uma vez e abraços!