Li recentemente sobre a iniciativa de algumas grandes empresas em criar a posição de Gestor do Conhecimento, o qual terá como uma de suas responsabilidades a preocupação e o traçar de uma estratégia para reter o conhecimento técnico adquirido pela empresa através de seus funcionários, evitando o tradicional êxodo ou, se preferirem, o escoamento deste conhecimento para o mercado, com a perda destes profissionais.
Neste mundo competitivo em que vivemos, a qualidade de uma empresa será sempre um diferencial, principalmente se considerarmos que estamos cada vez mais deixando a era dos generalistas (ainda bem!!!) e entrando na era dos especialistas ou multi-especialistas.
Qualidade esta que pode ser obtida não só por ser produto ou serviço final, mas por tudo aquilo que os compõem, tais como: a organização interna e o comprometimento de toda a estrutura, a infra-estrutura (maquinários, instrumentação, veículos, ferramentas, etc), a experiência de como não se deve fazer, a experiência de como se deve atender o cliente, o compromisso com o meio ambiente, os profissionais envolvidos, programas internos de capacitação e retenção de valores, entre outros.
Vejam que, na minha opinião, reter o conhecimento será tão importante quanto saber usa-lo em sua organização, razão pela qual a atuação deste Gestor de Conhecimento devera estar lado a lado com uma estratégia de capacitação e preservação dos bons valores.
Muito ainda terá que ser feito, mas espero que não se preocupem apenas com a documentação ou o registro destes conhecimentos adquiridos, mas também com toda a estratégia de como usa-lo.
Ações imediatistas e o domínio ou a projeção temporária de empresas em seus segmentos precisam abrir espaço para o planejamento à médio e longo prazo.
Enfim, vamos torcer para que esta possível ponta do iceberg não pare por aí, apenas afundando pequenas ou grandes embarcações.