Fonte: PUCPR – 07.05.2014
Divulgação: PROCEL
Paraná – Assim como eletrodomésticos, edifícios também podem receber a etiqueta de eficiência energética. O sistema para tornar isso possível foi concluído em 2013 e desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM) da PUCPR, na linha de pesquisa em energia. O projeto foi idealizado e coordenado pelo pesquisador e diretor de Pós-Graduação Stricto Sensu da PUCPR, Nathan Mendes, que participou nesta quarta-feira (7/05) da Conferência Internacional de Energias Inteligentes, como mediador do painel Geração Distribuída e Energia Solar.
A criação do programa de computador chamado Domus Eletrobras, foi realizada em parceria com a Eletrobras e contou com investimento de R$ 1,75 milhão. Teve o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação Araucária e International Energy Agency.
A superintendente de Eficiência Energética da Eletrobras, Renata Leite Falcão, reforçou o potencial do instrumento para a redução de consumo de energia. “A Eletrobras patrocinou essa ferramenta de grande qualidade, contribuindo, assim, para que a sociedade brasileira usufrua do conforto e promova sustentabilidade”, afirmou.
O software permite simulações com variáveis de umidade, calor, consumo e demanda de energia, a fim de proporcionar o máximo de conforto, evitando o desperdício de eletricidade. Fatores como orientação da edificação, materiais, elementos de sombreamento, sistemas de iluminação e de climatização, por exemplo, influenciam todo o gasto energético. O usuário deve colocar os dados do edifício no programa, que irá mostrar qual o nível de eficiência energética obtido para uma específica localização. A partir do padrão considerado ideal é possível fazer mudanças na construção, como a abertura de janelas com vidros, troca de materiais, entre outras medidas.
Um projeto energeticamente eficiente pode apresentar diminuição substancial de consumo. A intervenção em edificações possibilita redução da ordem de 30%. A etiqueta, para ser considerada oficial, precisa ser aprovada por órgão credenciado pelo Inmetro. Além dos benefícios econômicos, edificações de alta performance contribuem positivamente para o meio ambiente, atenuando os efeitos do aquecimento global.
Alguns dos fatores que influenciam o gasto energético em edifícios são aquecimento, ventilação e revestimentos. O programa permite fazer comparações entre diferentes tipos possíveis de revestimento do edifício, tais como paredes, janelas e telhado. As simulações proporcionam aos projetistas a escolha de materiais mais eficientes e que serão mais baratos não apenas na etapa da construção, mas também na manutenção do prédio.