O Brasil e as oportunidades na implantação de data centers que atuem com aplicações de IA

Por Alexandre M F Lara – Comentários sobre artigos publicados(abaixo)

Apesar de ainda dividir opiniões, seja pela desconfiança na aplicação, seja pela ainda baixa visibilidade quanto aos impactos do IA no mercado de trabalho, o mundo vem cada vez mais se preparando para expandir a aplicação da Inteligência Artificial, já esbarrando na dificuldade de mão de obra neste segmento.

Imagem com direito adquirido pela A&F Partners Consulting para exposição

Outra grande preocupação de alguns países reside na energia requisitada para estes data centers de IA, haja vista que, segundo o SANTANDER (artigo da Teletime “Brasil é atrativo para data centers em meio ao boom da IA, indica Santander“), uma consulta ao ChatGPT consome em média 10 vezes mais energia do que uma pesquisa no Google. Neste quesito, alguns países já encontram resultados expresivos para a demanda em energia para a demanda em data centers, como por exemplo a previsão de 6% desenhada para 2026 nos EUA, 4% previstos para a União Europeia e 17% para a Irlanda.

A perspectiva de implantação de novos data centers é crescente desde 2024, sendo que a previsão é de que tenhamos entre 2025 e 2026 mais data centers construídos pela ODATA (em implantação no município de Osasco / SP), pela Microsoft (em construção na cidade de Hortolândia / SP), pela RT-One (em construção no município de Maringá / PR), além de outros ainda em estudo (vide as reportagens e artigos da Exame – “Cidade no Paraná terá o primeiro data center dedicado a inteligência artificial“, do Olhar Digital “Brasil ganha um novo data center cuja operação começará em abril” e Microsoft “Atualização da construção do data center do sudeste de São Paulo“).

Todo este movimento em curso, somando-se ainda as oportunidades futuras, abrirá espaços interessantes para segmentos ligados a projetos, construção e instalações, comissionamento e operação & manutenção. Imagina-se a utilização de recursos importantes como a aplicação de BIM para a construção destes sites, de realidade avançada e gêmeos digitais para a capacitação e apoio na operação destes sites, assim como na estruturação de estratégias de manutenção e equipes de O&M voltadas a Missão Crítica.

No que se refere a estruturação da manutenção, devem ser aqui observados os conceitos e premissas para uma adequada e bem estruturada gestão de ativos, o que requererá mão de obra especializada e apoio para o planejamento.

Avatar de Desconhecido

About Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
Esta entrada foi publicada em Comentarios do Bloggeiro e marcada com a tag , , , , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe um comentário