Como definir uma CAG eficiente?

Nesta matéria divulgada pela Engenharia I Arquitetura, alguns profissionais do mercado de AVAC-R abordam questões relacionadas as condições de projeto, operação e manutenção para diferentes conceitos ou formas de concepção de uma Central de Água Gelada – CAG.

Note que além de falhas ou vícios em projetos, a matéria destaca a fundamental importância quanto aos sistemas de controles e automação, aos cuidados inerentes a manutenção de equipamentos e, principalmente, em relação aos parâmetros ou condições operacionais definidas para o sistema, condições estas que visam assegurar a performance ou o desempenho da instalação.

Entretanto, aspectos como a qualidade da mão de obra, falta de preocupação com a transferência de conhecimento e reciclagem CONTÍNUA das equipes de operação e a inexistência de documentação rica para operadores (me refiro aqui a procedimentos bem elaborados, preferencialmente de forma digital e interativa), contribuem para a ocorrência de falhas operacionais.

Notem como o respeito as vazões de água gelada e o controle sobre a perda de carga no sistema são fundamentais para o rendimento de trocadores de calor, além de outros fatores que devem ser também observados.

Outro requisito importante refere-se ao planejamento e controle das atividades de manutenção, sendo recomendável olhar para o sistema como um todo!

Importante também lembrar que, em alguns tipos de edificações ou mercados, o sistema de água gelada poderá ser considerado como uma instalação de significativa criticidade funcional, requerendo um tratamento específico no momento do planejamento.

Enfim, recomendo a leitura deste bom artigo, cujo link foi deixado a seguir.

Fonte: E/A Engenharia e Aequitetura

Foto que compõe o artigo da Engenharia e Arquitetura

O que é uma CAG (Central de Água Gelada) com bom desempenho? Comumente a definição circunscreve-se à especificação dos chamados “chillers eficientes” para, a partir daí, agregar componentes também considerados eficientes num jogo de adição. Entretanto, nem sempre a simples somatória de equipamentos resulta no melhor custo x benefício.

“Muito se fala de tecnologias de chillers, por exemplo, que o equipamento possui o melhor Coeficiente de Performance (COP) ou melhor eficiência em carga parcial conforme AHRI, porém, o que realmente importa é a eficiência do sistema. Dito de outra forma, como o conjunto de chillers, bombas, torres de resfriamento, AHU, automação etc. pode trazer a melhor eficiência do sistema e não tomando-se um componente de forma individual. Por exemplo, eu posso especificar um chiller centrífugo com inversor de frequência, uma ótima combinação de COP/IPLV e ele ser instalado em uma região onde, devido as condições climáticas, a água de condensação sempre estará por volta de 29.5ºC. Neste caso, o equipamento nunca entregará a eficiência em carga parcial prometida na especificação. Isto porque o chiller centrífugo com inversor de frequência pode não ser a melhor opção para esta aplicação”, explica Cristiano Brasil, engenheiro de aplicação da Midea Carrier.

Ricardo Suppion, gerente para América do Sul da Oventrop, concorda. Para ele, o conceito de sistema eficiente deve atender as necessidades do cliente consumindo o mínimo de energia. Avaliação que deve ser feita considerando não somente a carga total, ou máxima, e sim as várias condições de carga parcial, em que o sistema vai operar durante grande parte do uso.

“Portanto, quantos chillers e bombas vão ser usadas, a dimensão de cada um, isto é, se vão ser iguais ou diferentes, a disposição, o número de bombeamentos etc. vai depender das respostas às questões abaixo relacionadas:

– Tamanho do sistema;

– Tipo de edifício: o sistema irá mudar bastante, como um shopping center, ou vai ser mais constante, como um supermercado ou um edifício comercial, com poucos equipamentos e mudando, basicamente, os dutos de ar para atender o layout de cada cliente?

– Tipo e variação de carga: é um shopping center, com grande carga latente e variável, ou um data center, com mais carga sensível e constante?

– Operação: na região da obra existe mão de obra qualificada para operar e manter sistemas mais automatizados e complexos; há velocidade de reposição de peças para o sistema de automação no caso de falhas ou defeitos?

Por isso é vital o comissionamento da obra e a definição clara do OPR (Owner’s Project Requirements) para que o projeto seja concebido e executado da melhor forma possível e atendendo às expectativas operacionais e de custo.”

Continue lendo o artigo diretamente em sua fonte: https://www.engenhariaearquitetura.com.br/2020/01/como-definir-uma-cag-eficiente

E boa leitura!

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About Alexandre Lara

Alexandre Fontes é formado em Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI, além de pós-graduado em Refrigeração & Ar Condicionado pela mesma entidade. Desde 1987, atua na implantação, na gestão e na auditoria técnica de contratos e processos de manutenção. É professor da cadeira de "Operação e Manutenção Predial sob a ótica de Inspeção Predial para Peritos de Engenharia" no curso de Pós Graduação em Avaliação e Perícias de Engenharia pelo MACKENZIE, professor das cadairas de Engenharia de Manutenção Hospitalar dentro dos cursos de Pós-graduação em Engenharia e Manutenção Hospitalar e Arquitetura Hospitalar pela Universidade Albert Einstein, professor da cadeira de "Comissionamento, Medição & Verificação" no MBA - Construções Sustentáveis (UNIP / INBEC), tendo também atuado como professor na cadeira "Gestão da Operação & Manutenção" pela FDTE (USP) / CORENET. Desde 2001, atua como consultor em engenharia de operação e manutenção.
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