|
Fonte: Universidade Federal de Viçosa – 29.04.2014
Publicação: PROCEL
|
![]() |
|
Brasil – Ainda em 2014, a exemplo dos eletrodomésticos, os edifícios públicos serão obrigados a obter a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE). A etiqueta informa o consumo de energia da construção, que pode ter níveis de “A” a “E”. Os edifícios com maior eficiência energética recebem a etiqueta “A”. E é justamente sobre a preparação do mercado brasileiro para a obrigatoriedade da ENCE, que a professora do programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFV, Joyce Carlo, pesquisa. Integrante da Rede de Eficiência Energética coordenada pelo Procel Edifica, a professora Joyce estuda principalmente sobre a etiqueta para prédios residenciais.A certificação de edifícios existe desde 2009. Inicialmente, ela era apenas para edifícios comerciais, de serviços e públicos. No ano seguinte, casas e prédios residenciais também passaram a contar com a possibilidade de obter a etiqueta. Até hoje a certificação é feita de forma voluntária. As construtoras podem solicitar a etiqueta para um prédio que está sendo construído, e para construções já existentes, o proprietário que desejar pode entrar com o pedido individual da etiqueta para o seu apartamento.
Entretanto, a previsão é que até 2030, a etiqueta seja obrigatória para todos os edifícios, como já acontece em vários países europeus. Em Portugal, por exemplo, para que um proprietário venda um imóvel, é obrigatório que ele tenha a certificação energética. Isso vai assegurar que o próximo morador saiba se está adquirindo ou não uma casa ambientalmente confortável e com baixo consumo de energia. Para obter a etiqueta, o edifício passa por duas avaliações: uma do seu projeto e uma do edifício construído. A segunda avaliação verifica se o edifício construído corresponde ao projeto avaliado anteriormente. A professora Joyce explica que esse processo é complexo, exige a visita de um consultor ao edifício para fazer a avaliação, e no Brasil existem poucos laboratórios credenciados. Acrescentando-se que esse processo envolve um custo para o proprietário. A etiquetagem de edifícios é um processo novo e como tal, requer ajustes de procedimentos e rotinas. Visando contribuir ao aprimoramento da certificação, a professora Joyce acaba de iniciar um projeto de pesquisa em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais. Financiado pela Fapemig, o projeto “Desenvolvimento de Método Simplificado de Etiquetagem do Nível de Eficiência Energética para Edificações Existentes”, tem como um dos seus principais objetivos desenvolver parâmetros para a avaliação de prédios, trazendo agilidade ao processo de etiquetagem e reduzindo os custos da certificação. O propósito da etiquetagem de edifícios é bem simples: redução no consumo de eletricidade refletindo em economia para o consumidor e em benefícios ao meio ambiente. Para se ter uma ideia, no Brasil, o consumo de energia elétrica nas edificações residenciais, comerciais, de serviços e públicas representa aproximadamente 45% do consumo total. De acordo com informações divulgadas pela Eletrobras, “o potencial de conservação de energia deste setor é expressivo. A economia pode chegar a 30% para edificações já existentes, se estas passarem por reforma e/ou atualização. Nas novas edificações, ao se utilizar tecnologias energeticamente eficientes, a economia pode superar 50% do consumo”. Para o uso eficiente da eletricidade, o ideal é que a construção de um prédio seja concebida desde o projeto inicial de forma a economizar energia. A professora Joyce avalia que a etiquetagem envolve uma mudança na concepção do projeto, o que exige profissionais preparados para aproveitar ao máximo as propriedades da envoltória e a capacidade de iluminação e ventilação natural das construções. Além da mudança na concepção do projeto, exige também uma mudança na filosofia das construtoras, que nem sempre estão dispostas a investir em construções mais eficientes. Mas o apelo comercial pode ser um aliado, tendo em vista que imóveis sustentáveis apresentam uma maior valorização no mercado. A expectativa é que a ENCE para os edifícios venha a ter impacto similar à etiqueta dos eletrodomésticos. Uma pesquisa do Inmetro revelou que cerca de 80% dos consumidores conhecem a etiqueta e a maioria inclui essa informação na sua decisão de compra. Rede de Eficiência Energética A Rede de Eficiência Energética em Edificações, criada pela Eletrobras, conta com 16 laboratórios de universidades brasileiras, credenciados para proceder à certificação. O Latecae da UFV, coordenado pela professora Joyce Carlo, é um dos laboratórios integrantes. A Rede de Eficiência Energética em Edificações busca promover o intercâmbio da produção científica e didática entre as instituições de ensino, estimular o desenvolvimento de novas tecnologias de projeto e construção e fomentar as parcerias nas atividades de ensino, pesquisa e extensão entre seus participantes. |
-
Posts recentes
- Como dimensionar de forma adequada os recursos e a mão de obra dentro de um contrato de manutenção?
- Como compreender e agir quando a qualidade do ar interno não for satisfatória?
- 10º Workshop de Comissionamento de Edificações (29/05/2025)
- 10º Workshop sobre Comissionamento de Edificações
- Como devo conduzir uma análise sobre um sistema de manutenção existente, para que possa melhorar os seus resultados?
Arquivos
- junho 2025
- maio 2025
- março 2025
- novembro 2024
- setembro 2024
- agosto 2024
- julho 2024
- abril 2024
- março 2024
- fevereiro 2024
- outubro 2023
- setembro 2023
- agosto 2023
- julho 2023
- junho 2023
- maio 2023
- abril 2023
- março 2023
- fevereiro 2023
- setembro 2022
- agosto 2022
- julho 2022
- junho 2022
- maio 2022
- abril 2022
- dezembro 2021
- novembro 2021
- outubro 2021
- setembro 2021
- agosto 2021
- julho 2021
- junho 2021
- maio 2021
- abril 2021
- março 2021
- fevereiro 2021
- janeiro 2021
- dezembro 2020
- novembro 2020
- agosto 2020
- julho 2020
- junho 2020
- maio 2020
- abril 2020
- março 2020
- fevereiro 2020
- janeiro 2020
- dezembro 2019
- novembro 2019
- outubro 2019
- setembro 2019
- agosto 2019
- julho 2019
- abril 2019
- março 2019
- fevereiro 2019
- janeiro 2019
- dezembro 2018
- setembro 2018
- agosto 2018
- junho 2018
- maio 2018
- abril 2018
- março 2018
- fevereiro 2018
- janeiro 2018
- dezembro 2017
- novembro 2017
- setembro 2017
- agosto 2017
- julho 2017
- junho 2017
- maio 2017
- abril 2017
- março 2017
- fevereiro 2017
- janeiro 2017
- dezembro 2016
- outubro 2016
- agosto 2016
- junho 2016
- maio 2016
- abril 2016
- março 2016
- fevereiro 2016
- janeiro 2016
- dezembro 2015
- novembro 2015
- outubro 2015
- setembro 2015
- agosto 2015
- julho 2015
- junho 2015
- maio 2015
- abril 2015
- março 2015
- fevereiro 2015
- janeiro 2015
- dezembro 2014
- novembro 2014
- outubro 2014
- setembro 2014
- agosto 2014
- julho 2014
- junho 2014
- maio 2014
- abril 2014
- março 2014
- fevereiro 2014
- janeiro 2014
- dezembro 2013
- novembro 2013
- outubro 2013
- setembro 2013
- junho 2013
- maio 2013
- abril 2013
- março 2013
- fevereiro 2013
- janeiro 2013
- dezembro 2012
- outubro 2012
- setembro 2012
- agosto 2012
- julho 2012
- junho 2012
Categorias
- América Latina
- Artigos Diversos
- Artigos do Autor
- Artigos Tecnicos
- Benchmarking
- Blogs
- Brasil
- Cidades
- Comentarios do Bloggeiro
- Comissionamento
- Concursos
- Congressos
- Cursos & Seminarios / Congressos
- Eficiência Energética
- Entidades & Associações
- Exposições
- Facility Management
- Feiras
- Leis
- Literatura Técnica
- Mercado de Trabalho
- MERCOFRIO
- Missão Crítica
- Mundo
- Normas Técnicas
- Novas Tecnologias
- Palestras
- Pesquisas
- Premiação
- Premiações
- Qualidade
- Real Estate e Mercado Imobiliário
- Recolocação Profissional
- Sustentabilidade
- Uncategorized
- Uso Racional de Água
Meta
